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Motoristas de ônibus param o Rio; Justiça determina volta

Apenas 18% dos ônibus circularam nesta terça | Bruna Prado/Metro Rio
Apenas 18% dos ônibus
circularam nesta terça | Bruna Prado/Metro Rio

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O Rio de Janeiro parou mais uma vez por causa da greve de um grupo dissidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro (Sintraturb). Segundo a prefeitura, apenas 18% da frota circularam nesta terça, prejudicando 2 milhões de usuários do sistema na cidade.

A paralisação continua nesta quarta. A Secretaria Municipal de Transportes prevê que 30% da frota retornam às ruas. Apenas na quinta, no entanto, é que o grupo dissidente vai definir o futuro do movimento, em uma assembleia. Os grevistas pedem aumento de 40% e o fim da dupla função (quando os motoristas também são responsáveis pela cobrança da passagem). O Sintraurb já havia dado um reajuste para a categoria de 10%, acima da inflação, no mês passado.

O vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb), Sebastião José, criticou a paralisação. “O reajuste conseguido aqui foi o maior de todo o país. Acredito que exista outra finalidade por trás de tudo isso”, disse.

O grupo dissidente negou que a paralisação tenha motivação política. Entretanto, a reportagem da TV Band, que acompanhava uma entrevista de Hélio Alfredo Teodoro, o Hélio da Real, na Central do Brasil, identificou o segurança dos líderes do movimento grevista como um dos participantes da invasão de sem-tetos ao terreno da Oi, no Engenho Novo, no mês passado.

Justiça

Durante a tarde de ontem, o Tribunal Regional do Trabalho determinou o retorno de pelo menos 70% dos trabalhadores hoje. Além disso, a Justiça ameaçou multar em R$ 50 mil por dia o Sintraturb. No entanto, o órgão tenta derrubar a decisão, já que julga não ser o responsável pela paralisação.

Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), a decisão judicial permite que as empresas descontem os dias parados caso os rodoviários não retornem ao trabalho. O próprio sindicato conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça (TJ-RJ) em que determina que quatro líderes do movimento devem “se abster de promover, participar, incitar greve ou paralisação”. 

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