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Palestinos selam acordo 7 anos após ruptura

Líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assina o acordo com Fatah | Ahmed Sha'at/Reuters
Líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assina o acordo com Fatah | Ahmed Sha’at/Reuters

O grupo palestino islâmico Hamas, que domina a Faixa de Gaza desde 2007, e o Fatah, partido do presidente Mahmoud Abbas, anunciaram ontem um acordo de unidade, colocando fim a um racha de sete anos.

O pacto, anunciado conjuntamente em Gaza, prevê a formação de um governo de unidade nacional dentro de cinco semanas e a realização de eleições em janeiro de 2015, após um voto de confiança do Parlamento palestino.

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“Esta é a boa notícia que damos ao nosso povo: a era da divisão acabou”, disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, ao lado de Azzam Al-Ahmed, do Fatah. Haniyeh recebeu em sua casa representantes das duas facções para uma reunião.

Apesar de comemorações nas ruas da Faixa de Gaza, a reconciliação é vista com ceticismo tanto por palestinos do Hamas e do Fatah como por Israel, uma vez que tentativas anteriores de aproximação entre os dois grupos fracassaram.

Reação

Após o anúncio, Israel cancelou uma reunião com os palestinos moderada pelos EUA e marcada para ontem à noite, dizendo que Abbas escolheu o Hamas no lugar da paz. A TV israelense disse que uma reunião de emergência seria realizada para discutir o acordo.

Antes do anúncio do pacto, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, havia dito que Abbas deveria escolher entre assinar a paz com o Hamas ou com Tel Aviv. O Estado judeu se recusa a incluir os islamistas em conversações de paz, alegando que o grupo de Haniyeh não reconhece o direito de existência de Israel.

Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, criticou o  acordo. “O momento é preocupante, estamos certamente desapontados”, disse.

Segundo ela, o pacto poderá “complicar não apenas os nossos esforços (dos EUA) mas também os esforços dos lados em ampliar as negociações”.

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