Mulher foi arrastada por cerca de 250 metros – Reprodução/ Youtube
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), classificou os policiais envolvidos no caso da mulher arrastada como desumanos e cobrou a expulsão deles da Polícia Militar. “Acho que é algo que não condiz com a maioria esmagadora da PM que repudia isso, isso é desumano”.
No último domingo, policiais e suspeitos entraram em confronto no Morro da Congonha. Claudia da Silva Ferreia havia saído de sua casa para comprar pão e foi alvejada por uma bala. Policiais decidiram socorrê-la e a levaram para o hospital no porta-malas de sua viatura. No caminho, o compartimento se abriu e a vítima foi arrastada por cerca de 250 metros.
Ontem, um laudo do IML (Instituto Médico Legal) mostrou que a mulher arrastada morreu em decorrência do disparo, mas perícias complementares devem ser realizadas para verificar se a situação agravou o quadro. Uma outra perícia na viatura constatou que a tranca do porta-malas não apresentava problemas. Mas, segundo a polícia, como o veículo foi alvo de protestos, avarias podem ter provocado a abertura acidental.
O marido da vítima, Alexandre Fernandes, denuncia que a esposa já havia caído do porta-malas em outra rua de acesso à comunidade, em Madureira. “Segundo eu soube, eles desceram a Buriti de uma forma brusca. Ela caiu a primeira vez na Buriti, o compartimento estava aberto, jogaram ela novamente, não trancaram, seguiram viagem, e quando chegou aqui foi que, graças a Deus, uma pessoa gravou e nós pudemos mostrar essa barbaridade que fizeram com a minha esposa”.
Os três policiais permanecem presos no Complexo Penitenciário de Bangu e devem ser ouvidos hoje pela Polícia Civil.
Marido da vítima conversou com Datena no «Brasil Urgente»: