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Surgem dúvidas sobre passaporte falso em avião desaparecido

Familiares de passageiros do avião desaparecido da Malaysia Airlines chegam ao aeroporto internacional de Kuala Lumpur à procura de informações e são cercados por jornalistas | Samsul Said/Reuters

Um avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas (227 passageiros e 12 tripulantes) desapareceu na costa do Vietnã neste sábado e acredita-se que a aeronave tenha caído. Autoridades europeias disseram que duas pessoas a bordo do avião estavam usando passaportes falsos.

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Não há relatos de tempo ruim ou qualquer sinal da razão pela qual o Boeing 777-200ER desapareceu das telas de radares cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur para Pequim. Tampouco havia sinais de sabotagem ou alegações de ataque terrorista.

Entretanto, na Europa, reportagens e autoridades disseram que pelo menos duas pessoas podem ter embarcado com passaportes roubados.

O Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que um italiano está na lista de passageiros, embora nenhum cidadão do país estivesse a bordo.

A lista de passageiros fornecida pela empresa aérea inclui Luigi Maraldi, de 37 anos, cidadão italiano. O jornal Corriere Della Sera relatou que o passaporte de Maraldi foi roubado na Tailândia em agosto passado.

Em Viena, o Ministério das Relações Exteriores da Áustria disse que um austríaco listado entre os passageiros está em segurança e que informou o roubo de seu passaporte dois anos atrás, enquanto viajava pela Tailândia.

Indagado sobre uma possível explicação para o desaparecimento do avião, o presidente da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, disse em entrevista coletiva: «Não estamos descartando nenhuma possibilidade».

No final da noite de sábado (horário local), 20 horas depois do desaparecimento do avião, não havia sinais da aeronave ou de quaisquer destroços. As operação irão continuar noite adentro, disseram autoridades.

O Vietnã disse que aviões de resgate avistaram duas grandes manchas de óleo e uma coluna de fumaça longa da costa, mas não ficou claro se tinham relação com a aeronave desaparecida.

«Enviamos dois barcos marítimos e alguns barcos militares para esclarecer, cada barco com cerca de 20 pessoas», disse Pham Quy Tieu, vice-ministro dos Transportes, à Reuters por telefone na noite de sábado.

Uma queda, se confirmada, provavelmente seria o incidente mais grave do avião de fabricação norte-americana desde que começou a operar 19 anos atrás, e também marcaria o segundo acidente fatal com um Boeing 777 em menos de um ano.

Um Boeing 777-200ER da Asiana Airlines fez um pouso forçado em São Francisco em julho de 2013, matando três passageiros e ferindo mais de 180.

A Boeing afirmou estar monitorando a situação, sem fazer mais comentários.

Um grande número de aviões e navios de vários países estão percorrendo a área onde o avião fez seu último contato, cerca de metade do caminho entre a Malásia e a extremidade sul do Vietnã.

Além das equipes de busca vietnamitas e malaias, a China e as Filipinas também enviaram navios à região para ajudar. Os Estados Unidos, as Filipinas e Cingapura também despacharam aviões militares.

A China ainda deixou outros navios e aeronaves de prontidão, disse o ministro dos Transportes, Yang Chuantang.

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