
O governo federal arrecadou R$ 123,667 bilhões em impostos e contribuições em janeiro, recorde mensal histórico, com alta real de 0,91% sobre igual mês do ano passado, informou a Receita Federal nesta terça-feira. O número veio em linha com o indicado em pesquisa da Reuters com economistas, com expectativas de R$ 124 bilhões no mês passado.
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A arrecadação federal foi influenciada, entre outros, pela alta real de 4,26% nas receitas previdenciárias, que somaram R$ 28,7 bilhões. Ajudou também a arrecadação de Imposto de Importação, com alta real de 9,14%, e de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), com alta de 5,64% em janeiro sobre um ano antes.
Segundo a Receita, o Imposto da Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) somou R$ 22,3 bilhões no mês passado, com queda real de 6,82% no período. Já a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ficou em R$ 11,7 bilhões em janeiro, também com queda real, de 2,73%.
«(O resultado da arrecadação )demonstra em tese uma melhoria no ambiente de negócios e na geração de emprego», disse o secretário-adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes.
O governo conta com o recolhimento de tributos para tentar entregar a nova meta ajustada de superávit primário deste ano, de R$ 99 bilhões, equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Para cumprir o alvo, o governo anunciou também corte de gasto público de R$ 44 bilhões.
Para este ano, a Receita projeta aumento real entre 3 e 3,5% na arrecadação administrada, com base na previsão de expansão de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2014. «A tendência é de crescimento (da arrecadação) gradual», afirmou Nunes.