A balança comercial brasileira apresentou o terceiro déficit consecutivo em janeiro. As exportações foram menores que importações em US$ 1,602 bilhão. O valor refere-se ao período de 20 a 26 de janeiro, e resulta de US$ 3,408 bilhões em exportações e US$ 5,010 bilhões em importações. No ano, o déficit acumulado chega a US$ 3,651 bilhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A média diária das exportações, que corresponde ao volume financeiro vendido por dia útil, caiu 7,5% no quarta semana do mês ante as três primeiras, de US$ 736,8 milhões para US$ 681,6 milhões. O recuo foi puxado pelas vendas de produtos semi-industrializados e básicos.
No caso dos primeiros, houve retração de 16,5% nas exportações, de US$ 116,5 milhões para US$ 97,3 milhões, motivado por vendas menores de açúcar bruto, celulose, madeira serrada e ouro. O comércio de itens básicos, que caiu 14,5%, foi impactado pelo recuo de US$ 333,2 milhões para US$ 284,8 milhões das divisas obtidas com os produtos. Os principais responsáveis foram carne de frango, milho em grão, farelo de soja e petróleo bruto.
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Os produtos industrializados tiveram bom desempenho. Os ganhos financeiros com as vendas aumentaram 7,8%, de US$ 260,5 milhões para US$ 280,8 milhões, comparando-se a quarta semana de janeiro com as três primeiras. Os principais responsáveis foram aviões, máquinas para terraplanagem, autopeças, óxidos e hidróxidos de alumínio de veículos de carga.
As importações cresceram 10,4% na quarta semana de janeiro, com aumento de US$ 907,5 milhões para US$ 1 bilhão na média diária negociada. A alta dos gastos do Brasil no exterior é explicada principalmente pelas compras de combustíveis e lubrificantes, aparelhos eletroeletrônicos, e automóveis e componentes.