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Rebeldes sírios da Frente Islâmica rejeitam negociações de paz

Menina é salva após ataque aéreo em Aleppo | Mahmoud Hebbo/Reuters
Menina é salva após ataque aéreo em Aleppo | Mahmoud Hebbo/Reuters

A Frente Islâmica, uma aliança de várias forças de luta islâmicas que representa uma grande parte dos rebeldes, rejeitou ontem as negociações de paz na Síria. Na próxima quarta-feira, uma conferência sobre o conflito no país será realizada em Montreux, na Suíça, com representantes do regime sírio e da Coalizão Nacional Síria, grupo político opositor no exílio.

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Para um dos líderes da Frente Islâmica, Abu Omar, o futuro da Síria “deve ser formulado aqui praticando o heroísmo, e assinado com sangue nas linhas de frente, não em conferências ocas, assistidas por pessoas que nem sequer representam a si mesmos”. Além da Frente Islâmica, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante e o Exército Livre Sírio também rejeitaram as negociações, em um sinal de que o conflito poderá continuar mesmo se houver algum acordo na conferência.

No último sábado, o principal grupo de oposição política da Síria no exílio, a Coalizão Nacional, concordou em participar das negociações na Suíça. A decisão foi celebrada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que definiu a atitude como um “passo corajoso e histórico por uma solução política negociada para três anos de um conflito que causou tanta miséria e destruição”.

Cerca de 130 mil pessoas foram mortas e um quarto dos sírios foram expulsos de suas casas na guerra civil, que começou com protestos pacíficos contra os 40 anos de governo da família Assad e tornou-se um conflito sectário, com os lados opostos armados e financiados pelos Estados árabe sunitas e xiita do Irã.

Ontem, o Estado Islâmico do Iraque e de Levante, vinculado à Al Qaeda, declarou  apoio aos rebeldes sírios para pôr fim aos combates entre eles e se concentrarem na luta contra o presidente sírio Bashar al-Assad.

O pedido de trégua acontece após 20 dias de intensos confrontos no norte sírio pelo controle das Províncias entre o Estado Islâmico e rebeldes do Exército Livre Sírio e da Frente Islâmica

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