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Shoppings fecham as portas para evitar ‘rolezão’ de sem-teto

Grupo foi impedido de entrar por seguranças | Wanezza Soares/Metro
Grupo foi impedido de entrar por seguranças | Wanezza Soares/Metro

Assustados com “rolezões” organizados pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), dois shoppings da zona sul da capital (Campo Limpo e Jardim Sul) reforçaram a segurança e decidiram fechar as portas mais cedo nesta quinta-feira.

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Cerca de 400 integrantes do MTST se reuniram em  estações da CPTM, por volta das 15h, e seguiram até os dois centros de compras.  No caminho, o grupo fechou vias importantes como a Estrada de Itapecerica e  a avenida Giovanni Gronchi.

A ideia era protestar contra decisões judiciais que proíbem  “rolezinhos” – reuniões marcadas por jovens da periferias em centros de compras, por meio de redes sociais. Segundo o MTST, a medida é racista e discriminatória. Pelo menos seis shoppings já obtiveram liminares.

Ao chegarem ao shopping Campo Limpo às 16h30, os manifestantes encontraram as portas fechadas. Segundo o estabelecimento, a medida foi tomada por segurança. A PM foi proibida pelo Estado de patrulhar os centros de compras (leia ao lado).

De lá, o grupo seguiu para o Jardim Sul, que também fechou. O esquema de segurança havia sido reforçado desde cedo. Os principais acessos haviam sido cercados com barras de ferro e muitos seguranças circulavam pelos corredores. Pelo rádio, as equipes souberam da aproximação da manifestação e fecharam as portas, às 18h. Os manifestantes tentaram furar o bloqueio dos seguranças em um dos acessos, mas não conseguiram. O grupo se concentrou na entrada principal. Depois jogaram tinta em frente a calçada e encerram o ato com um piquenique de pão com mortadela.

Justiça veta eventos na zona leste

A Justiça paulista concedeu liminar  ontem vetando mais três “rolezinhos” programados para dois shoppings da zona leste na capital. O primeiro está agendado para amanhã. Os outros dois para 26 de janeiro e 22 de fevereiro.

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A liminar foi dada pelo juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Tatuapé. “É de rigor estabelecer o limite e impedir a aglomeração de pessoas cujo objetivo precípuo é a realização de tumulto e vandalismo”.

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB)  disse que os rolezinhos são “atividades culturas” e que a PM só vai agir em situações extremas. “Antigamente eu dava um rolê na praça, no meu tempo de jovem, em Pindamonhangada. Hoje é no shopping, os tempos mudam, mas não pode haver depredação”.

Os shoppings propuseram que PM`s de folga recebessem dos estabelecimentos para  trabalhar nos locais, mas o Estado rejeitou a proposta.

 

Shopping colocou cercas em entrada | Wanezza Soares/Metro

 

 

 

Manifestantes fecham vias durante protesto | Marlene Bergamo/Folhapress

 

Dentro do shopping Jardim Sul, seguranças fecharam as portas e luzes foram apagadas com aproximação de manifestantes | Wanezza Soares/Metro

 

O «rolezão» dos manifestantes teve o reforço de pães com mortadela | Wanezza Soares/Metro

 

Shopping colocou cercas na entrada e reforçou a segurança | Wanezza Soares/Metro

 

Grupo foi impedido de entrar por seguranças do shopping Jardim Sul | Wanezza Soares/Metro

 

O veterinário Marcos Migliano, 63 anos, conseguiu «resgatar» seu cãozinho após muita insistência, pois o shopping foi fechado com o animal do lado de dentro | Wanezza Soares/Metro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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