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Shoppings querem pagar policiais militares para fazer segurança

Policiais expulsaram jovens do Shopping Itaquera, no sábado | Robson Ventura/Folhapress
Policiais expulsaram jovens do Shopping Itaquera, no sábado | Robson Ventura/Folhapress

A Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) quer pagar para contar com o reforço de policiais militares na segurança dos centros de compras. A proposta foi entregue ontem ao Secretário da Segurança Pública, Fernando Grella.

Os lojistas querem a presença da PM para tentar inibir os chamados “rolezinhos” (encontros organizados por jovens).

Segundo o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Estado avalia a possibilidade de criar uma Operação Delegada, que prevê o uso de policiais fardados durante as folgas, exclusiva para os centros comerciais. “O Grella vai avaliar essa proposta dos shoppings. A PM é pública. É preciso avaliar como ela pode atuar em um local privado.”

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Pela proposta, assim como as prefeituras, que pagam para contar com os PMs, os lojistas assumiram esse custo. Para poder ser autorizada, a operação terá que passar pela Assembleia Legislativa.

A Alshop espera contar com o reforço ainda em fevereiro. Um dos idealizadores da Operação Delegada, o vereador e coronel da PM Álvaro Camilo (PSD) diz que é comum o uso de policiais de folga em locais privados em outras países. “Isso já ocorre nos Estados Unidos e na África do Sul.”

Hoje, a Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) fará uma reunião de emergência para discutir medidas de segurança para evitar furtos e tumultos durante os encontros. Uma das opções é obter liminares na Justiça vetando os eventos, como já fizeram cinco shoppings.

“Não temos know-how para lidar com o assunto. Estamos aprendendo com o passar dos dias”, afirmou o presidente da entidade, Luiz Fernando Veiga, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

 

 

Polícia abre inquérito

A Polícia Civil decidiu abrir inquérito para investigar adolescentes que participaram do “rolezinho” no shopping Itaquera, na zona leste, no sábado. Eles são suspeitos de furto, de roubo e de perturbação do sossego.

Serão usadas imagens de circuito interno para identificar os envolvidos nos crimes.

No sábado, PMs usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os participantes do evento em Itaquera. A Secretaria da Segurança informou que vai apurar se houve abuso da parte dos policiais. Esse foi o segundo “rolezinho” realizado no shopping. O primeiro foi no dia 8 de dezembro, quando 6 mil adolescentes se encontraram no local. Pelo menos quatro atos foram marcados pelo Facebook para o final de semana.

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