Pesquisa sobre o bem-estar na cidade de São Paulo revela que o paulistano reprova os serviços prestados pelo Estado, prefeitura Legislativo e Judiciário. Em uma escala de 1 a 5, o poder público ficou com 1,83, último lugar no ranking composto por dez variáveis.
Divulgado nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), o Índice de Bem-Estar Brasil coloca os vereadores paulistanos como o principal alvo da insatisfação da população, seguidos de deputados, senadores e juízes.
Com nota 2, os governos federal, estadual e municipal têm um desempenho um pouco melhor.
“O paulistano não se sente representado pelos parlamentares e demais autoridades públicas”, diz Mauro Motoryn, presidente da rede social MyFunCity, que participou da pesquisa.
Na segunda posição entre as piores avaliações, com 2,57, aparece o transporte público e a mobilidade.
Dos 786 entrevistados durante o ano passado, 31% responderam que gastam mais de duas horas por dia no trajeto entre suas casas e o local de trabalho.
O levantamento, que foi entregue ao prefeito Fernando Haddad (PT), aponta também para a insatisfação da população com a qualidade do ar, nível de ruído e com a sujeira nas ruas e calçadas da capital.
Questionados sobre o seu grau de satisfação com a vida em São Paulo, 29,6% estão totalmente satisfeitos, 28,8% relativamente satisfeitos e 7,1%, totalmente insatisfeitos. Para 56%, a vida na cidade será plenamente satisfatória nos próximos anos. A família é apontada pelo morador de São Paulo como o principal indicador de seu bem-estar, seguida pela rede de relacionamentos.
Análise: Paulistano quer serviço de qualidade – por Fabio Gallo, Professor da Fundação Getúlio Vargas
O Índice de Bem-Estar Brasil revela que o paulistano exige uma melhora na qualidade dos serviços prestados pelo poder público.
Se por uma lado ele demonstra estar bastante satisfeito com o seu nível de bem-estar em relação à família, do outro quer mais lazer e acesso aos equipamentos públicos, como os parques.
A pesquisa mostra que o paulistano, hoje, não se sente representado pela classe política.