Uma blitz da polícia acabou com uma rinha de galos em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Ao todo, 34 pessoas foram detidas pela prática que é proibida no Brasil desde 1998. As rinhas atraem centenas de apostadores e movimentam muito dinheiro.
Os galos são treinados desde pequenos para enfrentar o adversário, muitas vezes, até a morte. Proprietários de galos e apostadores permanecem ao redor da rinha, gritando e torcendo pela vitória do seu competidor.
As rinhas de galo são populares principalmente nas cidades do interior do brasil, onde a fiscalização é mais branda. Elas acontecem em chácaras, galpões e terrenos, normalmente em regiões afastadas, longe dos grandes centros.
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Na blitz da polícia, nesta semana, ao perceber a chegada da polícia, muitos funcionários e apostadores fugiram para o matagal. Alguns foram detidos minutos depois.
O local onde as rinhas aconteciam funcionou nos fins de semana durante seis meses. As apostas movimentavam, em média, R$ 30 mil por dia. Tinha gente que chegava gastar R$ 3 mil de uma só vez.
Durante a revista, os policiais verificaram que os apostadores carregavam bastante dinheiro. Os galos estavam presos em dezenas de caixas e respiravam apenas por uma pequena fresta. Muitos estavam feridos e os que tinham morrido nas brigas estavam jogados na mata.
Vários bicos de metal, esporas de silicone e frascos de anabolizantes foram apreendidos, além de uma espingarda e muita munição. No local, a polícia também encontrou um manual para as rinhas. Nos papéis são estipuladas as regras para a prática do chamado «Galismo».