A operação sem precedentes para endireitar o «Costa Concordia», iniciada na segunda-feira, terminou nesta terça-feira com o navio erguido novamente em frente à costa da ilha italiana de Giglio, onde permanecerá por vários meses até ser rebocado.
Pela primeira vez desde 13 de janeiro de 2012, data do naufrágio que deixou 30 mortos e dois desaparecidos, as sirenes do cruzeiro de luxo ressoaram no pequeno porto toscano e foram recebidas com gritos de comemoração.
«A operação de ‘parbuckling TreeTraap’ (‘rotação’, em inglês) foi concluída. O barco alcançou a vertical, chegamos a zero grau», anunciou em uma coletiva de imprensa Franco Gabrielli, chefe da Defesa Civil italiana.
A complexa operação para resgatar o gigante de 17 andares, 290 metros de comprimento e 114.000 toneladas – maior e com quase o dobro do peso do «Titanic» – começou na segunda-feira de manhã.
Fotos de 14 de janeiro de 2012 (cima) e 17 de setembro de 2013 (baixo) mostram o antes e o depois da operação | Laura Lezza/ Getty Images e Tony Gentile/ Reuters
O navio, que tinha 65 graus de inclinação quando estava recostado sobre os arrecifes, iniciou a rotação impulsionado por 36 enormes cabos de aço presos a pequenas torres instaladas para a operação.
Quase 100 engenheiros e técnicos de várias nacionalidades participaram na operação para resgatar o transatlântico.
Na próxima etapa, a embarcação será estabilizada com enormes recipientes com água fixados em bombordo e estibordo na parte superior do casco, que irão se esvaziando para permitir que a embarcação flutue e possa ser rebocada.
Depois que o navio estiver estabilizado, uma equipe de mergulhadores vai procurar os restos das duas pessoas que ainda estão desaparecidas: uma passageira italiana e um camareiro indiano.