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Mulheres devem mudar de nome ao se casarem? Entenda 3 pontos sobre a decisão

Entenda a percepção sob o olhar de uma especialista.

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Mulheres devem mudar de nome ao se casarem? Entenda 3 pontos sobre a decisão Bride and groom in light summer clothes hold each other hands during the ceremony (Reprodução/Freepik)

A tradição de que mulheres adotem o sobrenome do marido remonta à doutrina de couverture do século IX, que negava às mulheres uma identidade legal independente, de acordo com a pesquisadora Elizabeth Aura McClintock, ao Psychology Today. Apesar das mudanças sociais, essa prática persiste e continua gerando debates. De acordo com a mesma fonte, aqui estão três pontos para refletir:

1. História patriarcal por trás da tradição

Adotar o sobrenome do marido simbolizava a transferência da “propriedade” da mulher do pai para o cônjuge, uma prática que refletia a subjugação feminina nas relações familiares. Embora hoje seja uma escolha pessoal, essa tradição ainda carrega influências de desigualdade de gênero e representação simbólica que merece análise crítica.

2. Pressão social e desigualdade de expectativas

A sociedade frequentemente considera “egoísta” a mulher que opta por manter seu sobrenome, perpetuando um padrão em que a mudança de nome recai quase exclusivamente sobre elas. Enquanto isso, a opção de os homens mudarem seus nomes é raramente considerada, com apenas cerca de 3% adotando um sobrenome não tradicional após o casamento. Essa desigualdade reflete pressões sociais que ainda limitam a equidade entre os gêneros.

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3. Impactos na identidade feminina

Mudar o nome pode trazer desafios emocionais e profissionais para as mulheres. Elas arcam com os custos burocráticos e psicológicos dessa decisão, além de possíveis impactos na continuidade de suas carreiras ou na manutenção de uma identidade construída ao longo da vida. Por outro lado, algumas escolhem a mudança como uma forma de simbolizar a unidade familiar, destacando a complexidade e as nuances dessa decisão.

Vale lembrar: A escolha de mudar ou não de sobrenome vai além de uma simples tradição; ela reflete valores pessoais, históricos e culturais. Refletir sobre essas questões ajuda a tomar uma decisão consciente e alinhada às prioridades individuais e familiares.

       

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