É comum ouvir das gerações mais antigas que ir para a cama com os cabelos molhados pode ser prejudicial à saúde. Os conselhos variam desde a fragilidade dos fios até resfriados e dores no pescoço.
Embora muitas dessas alegações sejam mitos, algumas contêm verdades importantes. A seguir, esclarecemos algumas dessas questões. Confira!
Mito ou Verdade?
“Dormir com o cabelo molhado pode causar resfriado”
Mito. Resfriados são causados por vírus, não pelo cabelo molhado. No entanto, a sensação de frio pode dificultar uma noite de sono tranquila, algo que pode ser facilmente resolvido com o uso de uma toalha.
Por outro lado, especialistas alertam que ir para a cama com a cabeça molhada pode resultar em problemas respiratórios.
Isso porque travesseiros e roupas de cama úmidos favorecem o crescimento de mofo, que pode irritar as vias respiratórias. Além disso, é importante manter as fronhas limpas, trocando-as ou lavando-as semanalmente, já que acumulam bactérias.
“Dormir com o cabelo molhado pode danificar os fios”
Verdade. Um estudo de 2015 revelou que esticar as fibras capilares entre 30 e 70 por cento do seu comprimento original pode causar danos.
Durante o sono, a fricção pode ser excessiva, prejudicando os fios. “O cabelo molhado é mais frágil e propenso a quebrar do que o seco”, explica o dermatologista Timothy Schmidt.
“A água enfraquece a estrutura proteica do cabelo, tornando-o mais elástico e mais fácil de quebrar.”
Consequências para a saúde do couro cabeludo
“Deixar o cabelo molhado pode causar caspa”
Verdade. Ambientes úmidos são ideais para a proliferação de fungos. A caspa é uma das condições que podem ocorrer quando esses micróbios se multiplicam no couro cabeludo. Bactérias e germes prosperam em ambientes quentes e úmidos, e o cabelo molhado é um excelente exemplo disso.
Uma espécie específica, a Malassezia, pode se acumular no couro cabeludo, causando descamação que pode ser confundida com caspa. Ela também pode causar espinhas com coceira no rosto, couro cabeludo e parte superior do corpo.
Além disso, a foliculite bacteriana ou fúngica pode ocorrer. Embora comum e geralmente não grave, os inchaços resultantes podem ser persistentes e difíceis de tratar. Em casos graves, pode ser necessário tratamento com medicamentos orais.
Para evitar esses problemas, os especialistas recomendam secar o cabelo antes de dormir ou amarrar os cabelos longos em um rabo de cavalo frouxo. Usar fronhas de seda ou cetim também pode reduzir o atrito e os danos aos fios durante o sono.

