O calor pelo qual o mundo está passando nunca foi registrado antes. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, julho de 2023 foi o mês mais quente da história. E tudo indica que nos próximos anos será ainda pior.
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Petteri Taalas, Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial, disse que "o clima extremo que afetou milhões de pessoas em julho é infelizmente a dura realidade das mudanças climáticas e um presságio do futuro".
Taalas acrescentou: "A necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa é mais urgente do que nunca. A ação climática não é um luxo, mas um dever".

De acordo com o jornal espanhol El País, antes do verão de 2023, o mês registrado como o mais quente no planeta era julho de 2019, com uma temperatura média de 16,63 °C. Julho de 2023 alcançou 16,95 °C.
Karsten Haustein, climatologista da Universidade de Leipzig, resume: "Não foi apenas o mais quente de julho, mas também o mais quente mês da história em termos de temperatura média global absoluta. É possível que tenhamos que nos remontar a milhares, se não dezenas de milhares de anos atrás, para encontrar condições climáticas semelhantes no nosso planeta".
Veja como o calor extremo influencia a nossa saúde mental
Mas, como este calor extremo influencia a nossa saúde mental?
O portal CNBC conversou com a psicóloga Smriti Joshi sobre o assunto. "Há uma grande sensação de impotência e perda de controle devido à mudança climática que está ocorrendo a nível mundial e que pode desencadear muita ansiedade", afirma a especialista.
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De acordo com Joshi, o calor extremo causa alguns efeitos na nossa saúde mental:
- Aumento do estresse.
- Distúrbios do sono, incluindo insônia.
- Sentimentos de fadiga.
- Irritabilidade.
- Mais frustração do que o habitual.
- Incapacidade de nos concentrarmos.
Além de como o calor extremo nos afeta fisicamente, o ponto psicológico é muito importante. "Quando o clima aumenta", explica a psicóloga Joshi, "ocorrem mais casos de raiva ao volante. Coletivamente, as pessoas recorrem a mecanismos de enfrentamento pouco saudáveis, como beber mais álcool, comer em excesso e mais".
Como reduzir os efeitos do calor?
A especialista sugere 10 pontos importantes para tentar diminuir os efeitos do calor extremo na nossa saúde mental:
- Nos manter hidratados.
- Evitar a exposição excessiva ao calor.
- Fazer pequenas pausas se trabalhar ao ar livre.
- Usar ventiladores ou ar condicionado para nos refrescar.
- Nos conectar com as pessoas queridas virtualmente.
- Evitar consumir notícias alarmantes sobre o clima com muita frequência, especialmente informações erradas.
- Participar de passatempos emocionalmente relaxantes e que não sejam fisicamente exaustivos.
- Fazer pausas dentro de casa. O esforço excessivo, mesmo em uma casa com ar condicionado, pode fazer com que se sinta mais quente.
- Comer alimentos nutritivos.
- Entrar em contato com um profissional de saúde mental se notarmos mudanças preocupantes na nossa saúde mental.