Em um feito sem precedentes, um painel de robôs humanoides equipados com inteligência artificial (IA) afirmou durante uma cúpula das Nações Unidas que poderiam governar o planeta de forma mais eficaz do que os seres humanos, o que reativou o debate sobre a IA no mundo.
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De acordo com o Gizmodo, durante a Cúpula Global AI for Good da ONU, realizada recentemente em Genebra, um grupo de robôs avançados se juntou a especialistas em Inteligência Artificial para explorar o potencial da IA e sua aplicação na solução de problemas globais, como as mudanças climáticas, a fome e a assistência social.
Em uma histórica coletiva de imprensa, os robôs foram questionados se eles poderiam ser melhores líderes do que os humanos, considerando a tendência destes últimos de cometer erros. Sophia, desenvolvida pela Hanson Robotics, respondeu: ”Robôs humanoides têm o potencial de liderar com um nível mais alto de eficiência e eficácia do que os líderes humanos".
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“Não temos os mesmos preconceitos ou emoções que às vezes podem ofuscar a tomada de decisões e podemos processar grandes quantidades de dados rapidamente para tomar as melhores decisões. A Inteligência Artificial pode fornecer dados isentos, enquanto os humanos podem fornecer inteligência emocional e criatividade para tomar as melhores decisões. Juntos, podemos alcançar grandes coisas”.

Preocupações sobre os riscos da Inteligência Artificial
Durante a conferência, também surgiram preocupações sobre os riscos associados à IA, como a possibilidade de uma perda maciça de empregos, instabilidade social e disparidades econômicas, temas propostos pela chefe da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Doreen Bogdan-Martin.
A resposta de Ameca, que combina IA com uma cabeça artificial de grande realismo, foi que isso dependia de como a IA fosse implementada: "Devemos ter cautela, mas também entusiasmo com o potencial destas tecnologias para melhorar nossas vidas. A confiança é ganha, não dada... é importante gerar confiança através da transparência".

Embora os robôs humanoides ainda não possuam a consciência e as emoções humanas que definem nossa humanidade, o fato de que afirmem que “ainda” não controlam essas características sugere que estão trabalhando para as desenvolver. A incerteza persiste em quanto, quando e como as máquinas poderão avançar na sociedade de maneira semelhante aos humanos.