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Pensando em fazer uma cirurgia plástica? Veja quem pode e quem não pode se submeter ao procedimento

Algumas doenças acendem um alerta vermelho; veja quais são elas

Especialista explica quem está apto a se submeter a uma cirurgia plástica
Especialista explica quem está apto a se submeter a uma cirurgia plástica (rawpixel.com/Ake/Freepik/Divulgação)

O Brasil é o segundo país no ranking internacional de realizações de cirurgias plásticas, perdendo apenas para os Estados Unidos. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional da Cirurgia Plástica (ISAPS, em inglês), com dados de 2020.

O levantamento revelou que foram feitas mais de 1,3 milhão de operações do tipo por aqui no período. Entre os procedimentos mais populares estão lipoaspiração, aumento de mama e cirurgia de pálpebra.

A grande maioria da população está apta a se submeter a uma cirurgia plástica desde que não apresente doenças graves ou descompensadas, como explica Pedro Lozano, cirurgião plástico e membro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

São exemplos de doenças graves: infarto recente, AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico recente e problemas cardíacos graves que limitem o dia a dia. Já as doenças descompensadas que restringem as cirurgias plásticas são as doenças reumatológicas, como lupus eritematoso sistêmico e artrite reumatóide, além de anemia falciforme e diabetes.


“O importante é discutir com o cirurgião os benefícios da cirurgia frente às doenças que o paciente possui, a fim de minimizar complicações. E, se por ventura intercorrências provenientes de doenças de base venham a acontecer, uma equipe multidisciplinar deve trabalhar em conjunto para o bem estar e rápida recuperação do indivíduo”, afirma Lozano.

Check-up básico

Antes de “entrar na faca”, alguns exames de praxe são solicitados, como ocorre em qualquer pré-operatório. “São exames de sangue, para ver se o paciente apresenta anemia, alterações do fígado ou alterações, renais; exames de coagulação, para entender se há risco de sangramento aumentado durante a cirurgia; exames do coração, como eletrocardiograma, ecocardiograma e até mesmo teste de esteira ergométrica, ressonância magnética e raio-x de tórax. Nos casos em que o paciente apresenta uma doença específica são solicitados mais exames direcionados, a fim de checar se ela está compensada ou não”, diz o médico.

Há exames próprios para algumas cirurgias, como a mamária ou a abdominoplastia. “Nesses casos, solicitamos ultrassom de mamas e mamografia ou ultrassom de abdômen, respectivamente.”

Questão de idade

Lozano assegura que não existe idade mínima ou máxima para fazer uma cirurgia plástica. O que conta mesmo é a saúde geral do paciente.

“Um paciente recém-nascido, por exemplo, pode ter lábio leporino (fissura labial) e ser submetido ainda nos primeiros dias de vida à cirurgia plástica. Assim como uma paciente idosa, de mais de 90 anos, pode ter um câncer de pele e precisar passar por uma cirurgia para retirada de câncer e uma plástica reparadora”, explica o especialista.

Em casos estéticos, porém, ele lembra que vale a pena discutir os benefícios e a longevidade da cirurgia. “Temos hoje pacientes de 70 anos que aparentam ter 50 se comparados a nossos avós. Então o que mais vale, além da idade, é o status de saúde da paciente frente à cirurgia proposta.”

Já na infância, as primeiras cirurgias plásticas estéticas as quais os pacientes podem ser submetidos, segundo Lozano, são: otoplastia (para correção orelhas de abando ou qualquer tipo de deformidade das orelhas) entre 5 e 8 anos; rinoplastia a partir dos 15 anos, dependendo do crescimento facial; e mamoplastia redutora ou inclusão de prótese de mama a partir dos 16.

       

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