“Eu amo essa pessoa, mas de vez em quando não gosto muito dela”. Essa frase provavelmente já passou pela sua cabeça ou já foi dita em voz alta, mas ela não é tão confusa quanto parece.
Segundo a psicóloga Cortney S. Warren, em texto ao site Psychology Today, existem pessoas em nossas vidas que amamos profundamente, mas que no fundo, não gostamos muito delas. Mas o contrário também ocorre: pessoas que gostamos, mas que não conseguimos amá-las. E isso ocorre em diversos tipos de relação, não só as românticas.
“De um modo geral, o amor é um impulso, é nossa capacidade de sentir, desejar e nos conectar com outra pessoa que evolutivamente ajuda nossa espécie a sobreviver. É esse sentimento profundo de prazer, emoção e afeição por outra pessoa que surge, em parte, por causa de nossa necessidade muito humana de conexão”, explica a especialista.
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Já o gostar, em sua percepção, é apreciar alguém pelos atributos que ela possui. “Gostar de alguém exige que você os veja como separados de você e os avalie de maneira atraente. É um prazer para eles por causa de quem eles são e das coisas que você aprecia neles”.
Ou seja, o ‘amar’ e o ‘gostar’ andam de mãos dadas, e quanto mais você gosta de alguém, teoricamente, mais amor você sente por essa pessoa.
Exemplificando: você deve ter algum parente que ama profundamente, mas que algumas atitudes impede que você goste dele. Assim como um relacionamento abusivo que você já teve e, mesmo após diversas atitudes negativas, continuou gostando dela, mas jurou que não iria mais amá-la. “Com parceiros românticos, também é comum sentir uma profunda simpatia por alguém que racionalmente seria perfeito para você, mas você não consegue se apaixonar por eles.”
“A psicóloga diz que, amar alguém é mais sobre o que você sente internamente, enquanto gostar é apreciar quem ela é”, finaliza.