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Ultraprocessados podem estar ligados a avanço de doenças mentais, diz estudo

Pesquisa avaliou quadro de saúde de mais de 70 mil pessoas que consumiam ultraprocessados

Ultraprocessados
Salsicha e peito de peru são exemplos de ultraprocessados (Foto: Pixabay)

Você acorda, come uma caixa de cereal no café da manhã, almoça um cachorro-quente acompanhado de um refrigerante e, para o jantar, prefere tomar apenas um sorvetinho. Saiba que, além de todos os outros problemas já conhecidos causados por uma alimentação como essa, existe também um risco de acabar desenvolvendo algum tipo de demência no futuro.

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Um estudo conduzido pelo pesquisador Huiping Li, da Universidade Médica de Tianjin, na China, indicou que alimentos ultraprocessados podem estar ligados ao aumento de demências (via Metro UK).

“Os alimentos ultraprocessados devem ser convenientes e saborosos, mas diminuem a qualidade da dieta de uma pessoa”, afirma Li.

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Para cada aumento de 10% na ingestão diária de alimentos ultraprocessados, pode se desenvolver um risco 25% maior de demência.

“Esses alimentos também podem conter aditivos alimentares ou moléculas de embalagens ou produzidas durante o aquecimento, todos os quais demonstraram em outros estudos ter efeitos negativos nas habilidades de pensamento e memória”, afirma.

Ao mesmo tempo, a pesquisa indicou - sem surpresa alguma - que substituir pelo menos 10% dos ultraprocessados por alimentos não processados (frutas, verduras, ovos, carnes) ou minimamente processados (arroz, feijão) diminui esse risco em 19% dos casos.

“Nossa pesquisa não apenas descobriu que os alimentos ultraprocessados estão associados a um risco aumentado de demência, mas descobriu que substituí-los por opções saudáveis pode diminuir o risco de demência”, explicou o autor do estudo.

A pesquisa foi realizada através da análise do UK Biobank, um banco de dados de saúde. Foram analisados dados de 72.083 pessoas, durante uma média de 10 anos. Todas elas começaram sem demência, aos 55 anos de idade, e uma década depois 518 delas foram diagnosticadas com demência. Os resultados foram publicados na revista Neurology .

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