Estilo de Vida

Descubra como a pandemia afetou nossa memória

Os períodos de isolamento podem ter influência direta nos episódios de esquecimento.

memória

Os efeitos psicológicos causados pela pandemia são visíveis de diversas maneiras. Os períodos em que mantemos a atenção estão mais curtos, nossa necessidade de contato precisa ser constantemente suprida e vemos nosso humor se perder conforme os períodos de confinamento se estendem. Além disso, nossa memória também parece estar sofrendo as consequências do isolamento.

Um estudo investigou como o bloqueio e as restrições impactam na nossa memória. Conforme notícia divulgada pelo Metro Uk, pesquisadores brasileiros descobriram que um terço dos adultos teve piora de memória desde o início das restrições.

“O isolamento afeta nossa saúde mental e cognição, em particular, nossa memória”. Informa o Dr. Saf Buxy, psicoterapeuta. “Quando pensamos em isolamento e confinamento solitário, relacionamos isso com punir pessoas como prisioneiros que representam um grande ameaça para os outros”. Para ele, o isolamento social tem alguns efeitos colaterais negativos que acabam prejudicando nossa saúde mental.

Recomendados

Condições que podem afetar diretamente a memória

A psicoterapeuta clínica Stephanie Regan é especialista em traumas e relacionamentos. Ela afirma que movimento, humor e memória estão interligados. “Ser fisicamente ativo tem impacto direto na memória, a diminuição da atividade durante a pandemia teve um papel na forma como a memória foi afetada”.

Ela ainda reforça a importância dos exercícios e movimentos físicos. Eles aumentam o fluxo sanguíneo para o nosso corpo e cérebro, ajudando a manter a mente alerta.

Estamos sendo constantemente bombardeados com notícias sobre o COVID-19 desde o começo da pandemia. Por outro lado, novas experiências cotidianas tornaram-se escassas e nos vimos em uma rotina repetitiva causada pelas restrições.

Para Max Wiggins, da VERJ, as pessoas acabaram sendo expostas a menos informação no decorrer da pandemia, o que fez com que a nossa memória sofresse as consequências. “Nossa memória piora quando não somos expostos a novas informações, pois temos menos pistas disponíveis para ajudar a desencadear a recuperação de novas lembranças”.

Confira também:

  1. Você consegue diferenciar a fome física da fome emocional?
  2. Café pode ajudar a reduzir riscos de arritmias cardíacas
  3. A maioria das pessoas que tem sonhos lúcidos afirma ter encontros com alienígenas e OVNIs
  4. Quer reduzir a pressão alta? Este é o suco natural com 5 ingredientes que você deve tomar

Outro fator relevante é o estresse, cada vez mais presente ao longo do período de confinamento. Ele é responsável por desencadear uma série de reações prejudiciais ao nosso corpo e mente. Segundo Max, “Todos nós já fomos expostos a novos níveis de estresse devido à incerteza e ao pânico da pandemia. Embora alguns eventos estressantes possam ser lembrados com precisão, às vezes o estresse pode afetar negativamente a memória”.

Assim como o estresse, as alterações de humor também foram mais presentes durante o período de isolamento social. Para o Dr. Saf Buxy as nossas capacidades de pensamento são afetadas quando não estimulamos as células do nosso cérebro. Em partes isso acaba sendo uma experiência normal diante do isolamento.

Como podemos melhorar?

Além de tentar evitar os itens citados acima, adotar uma rotina saudável pode ser um importante aliado. Para o Dr. Saf, “Meditar, fazer exercícios e ter uma boa noite de sono” são fatores de grande importância de quisermos reestabelecer nossa memória.

Praticar exercícios, meditar e realizar atividades que exercitam o cérebro são ações que podem auxiliar. “A exposição a novos estímulos é um fator chave. Injetar um pouco de novidade para ajudar pode ser tão simples quando andar por novos caminhos, conversar com pessoas diferentes e montar quebra-cabeças”, afirma Max.

Porém, apesar de tudo, é importante mantermos nossas conexões sociais. Somos seres sociais e para evitar o sentimento de solidão e a perda de memória é importante manter estas conexões, afirma o Dr. Saf.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos