Um estudo realizado no Hospital São Rafael, em Salvador (Bahia), apontou que pacientes com Covid-19 que ingeriram própolis durante sua permanência hospitalar tiveram o tempo de internação reduzido.
Ao todo, 124 pessoas participaram do ensaio clínico, de autoria de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Instituto D’Or de Pesquisa e Educação, Hospital São Rafael e da empresa Apis Flora. Todos os pacientes fizeram o tratamento padrão, sendo que 40 receberam 400 mg/dia de própolis, 42 receberam 800 mg/dia e 42 não receberam.
As constatações foram animadoras: não houve eventos negativos associados ao uso da substância. Além disso, observou-se que os que não ingeriram própolis ficaram 12 dias hospitalizado após o início do tratamento. Já os grupos que receberam doses mais baixas e mais altas ficaram, respectivamente, 7 e 6 dias sob supervisão médica.
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O estudo foi pré-publicado e falta a análise por pares. Por isso, ainda não pode ser usado para guiar a prática clínica. Contudo, não se pode negar que o própolis tem propriedades extremamente benéficas já comprovadas à saúde e seu uso é indicado em uma série de outras condições.
Mas afinal, o que é o própolis?
O própolis é um subproduto produzido pelas abelhas – o produto principal é o mel. Ele possui em sua composição flavonoide (fitoquímico bioativo); vitaminas B1, B2, B6, C; e minerais, como manganês, zinco, cálcio, fósforo e cobre, tendo efeito antimicrobiano, antiinflamatório e antioxidante. Possui duas concentrações: a alcóolica (mais concentrada) e a aquosa (menos concentrada).
A lista de benefícios é grande, como explica a nutricionista Nathália Rocha. “O própolis auxilia em crises de rinite e sinusite, melhora os sintomas de gripes e resfriados e também previne resfriados recorrentes. Além disso, melhora as alterações de microbioma intestinal, previne e auxilia no tratamento de candidíase, doenças autoimunes, ansiedade, compulsão alimentar e insônia”, afirma.
Segundo Nathália, a boa relação observada entre a Covid-19 e o própolis se dá por conta da melhora da imunidade proporcionada pela substância.
Incluindo na dieta
O própolis pode – e deve – começar a fazer parte da dieta do brasileiro. A nutricionista conta que a ele comumente é consumido como shot, misturando com limão, gengibre em pó e cúrcuma. Mas esta não é a única forma. Ele pode ser misturado ao mel ou tomado puro, dissolvido com um pouco de água.
“Para imunidade, não há correlação direta com o horário de consumo, porém, como o própolis também pode auxiliar no sono, o horário da noite pode beneficiar quem tem insônia”, aponta Nathália.
O própolis deve ser escolhido pelo grau de pureza. “Veja a relação p/v, ou seja, peso/volume. Use sempre aqueles com p/v maior que 12%.”
Fique atento
Não há contraindicações ao uso do própolis. Nathália atenta, contudo, ao melhor tipo de solução para cada perfil. “Crianças, gestantes e lactantes devem utilizar a versão aquosa. As demais fases da vida, podem escolher entre o alcoólico ou aquoso”, diz.
Os efeitos colaterais são raros, mas alergias podem ocorrer. Nesse caso, são observados inchaço ou coceira, e o uso da substância deve ser suspenso.