Estilo de Vida

Venda de aspirador robô cresce 723% durante o isolamento social

Quando os estúdios Hanna-Barbera criaram a família do futuro no desenho  “Os Jetsons”, que se passa no ano de 2062, já imaginavam facilidades trazidas pelos robôs. A empregada doméstica Rosie é a mais lembrada delas. No desenho nascido na década de 1960, ela é comprada numa loja física pela mãe da família, Jane Jetson, que escolhe um modelo ultrapassado, mas mais humano que as demais opções. Cinquenta anos depois, o sonho de se ter seu próprio robô para ajudar na limpeza parece mais próximo da realidade.

Hanna-Barbera só não conseguiu prever que faríamos nossas aquisições pela internet mesmo e com muito mais agilidade para comparar modelos.

Os robôs aspiradores são hoje o produto com maior crescimento de vendas entre os eletrodomésticos. De acordo com levantamento realizado pela empresa de estudos de mercado GfK, o salto alcançou 723% em junho na comparação com o mesmo período do ano passado.Para o diretor da GfK Fernando Baialuna, o elevado crescimento do item é um dos maiores símbolos da mudança no consumo ocasionada pela pandemia do novo coronavírus. “A alta procura do robô aspirador é emblemática para este momento. Ela traduz a realidade da pessoa que faz três atividades ao mesmo tempo durante o isolamento e precisa que o robô ajude ali na limpeza aspirando o pó.”

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É possível encontrar nos sites de venda modelos mais simples por R$ 169 até os mais tecnológicos de R$ 7.800. O aparelho funciona com sensores para desviar de obstáculos e pode ser programado para limpar determinadas áreas. A sucção é como de um aspirador normal, sem a necessidade de estar ligado na tomada.

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Baialuna conta que a demanda pelo produto era baixa no início da crise, mas o aquecimento nas vendas trouxe robôs mais baratos e de novas marcas. “Acreditamos que seja um item que tenha chegado para ficar por trazer praticidade. Mas o mercado terá de apresentar modelos que sejam bons e com preços compatíveis.”

O levantamento da GfK mostra também a ascensão de outros produtos que andavam esquecidos antes da quarentena. Também tiveram alta nas vendas os aspiradores de pó comuns, notebooks e tablets, videogames e aparelhos de cozinha como fritadeiras e batedeiras (veja tabela ao lado).

“O conceito dos itens que eram básicos mudou com a família toda dentro de casa. Foram necessários mais computadores para o trabalho e a escola dos filhos, por exemplo. O entretenimento na tela precisou ser reforçado e muita gente passou mais tempo na cozinha, com necessidade de mais aparelhos”, analisa Baialuna.

 

 

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