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Cofrinhos para as crianças: incentivar essa prática em casa pode trazer vários aprendizados

Criar cofrinhos para as crianças é uma boa forma de falar sobre o valor do dinheiro, a diferença entre quantias e a importância de economizar para realizar sonhos

 

Já pensou em construir cofrinhos junto com seus filhos? Além de ser uma brincadeira que atrai a criançada, a diversão pode também se transformar em uma forma de educar financeiramente os filhos. Para tanto, vale utilizar materiais recicláveis como uma caixa antiga, uma garrafa pet ou mesmo uma lata vazia. Tudo isso pode virar um criativo cofrinho.

E a ideia é ajudar a criança a experimentar alguns comportamentos que contribuem para o bom processo de alfabetização financeira, transformando o hábito de poupar em uma grande brincadeira, explica Carlos Eduardo Freitas Costa, bacharel em ciências econômica e colunista da Canguru News. «A criança aprenderá a trocar um consumo presente por um consumo futuro», diz ele.

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Para aproveitar ainda mais o potencial educativo dos cofrinhos, Costa ressalta ser necessário tomar alguns cuidados. Confira:

Defina um prazo de abertura do cofrinho, levando em conta a idade da criança. Quanto mais nova, menos paciência ela terá para esperar longos períodos para a abertura do cofrinho. Por isso, é importante abri-lo algumas vezes ao longo do ano. Já crianças mais velhas são capazes de esperar mais tempo. Além disso, não é indicado guardar moedas por muito tempo, visto que isso pode atrapalhar a economia do país ao diminuir a circulação de moedas e, logo,  provocar uma falta de troco, obrigando o governo a cunhar mais moedas, o que custa caro.

Proponha que as crianças separem as moedas. E as que são maiores e já sabem contar, podem também fazer os montinhos, somar os valores de cada tipo de moeda e anotar depois esses números em um papel.

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Aproveite a hora da troca de moedas para falar de quantidade e valor. Ao ver um sacola cheia de moedas é bem provável que a criança pense que ela vale muito dinheiro, mais até que as três notas de papel que você receberá ao entregar o saco. Essa é uma boa oportunidade para explicar que nem sempre uma quantidade maior de moedas representa um valor maior em dinheiro. A criança primeiro aprende sobre quantidade, para depois entender sobre valor.

Dê uma finalidade à poupança. Guardar o dinheiro sem nenhum objetivo pode não fazer sentido para a criança. Ela precisa compreender que todo o esforço que ela fez teve um propósito. O objeto a ser adquirido não tem tanta importância. Deve-se, inclusive, evitar objetos de valor muito alto, longe do valor possível de ser guardado em um cofrinho, pois isso pode até frustrar a criança que passa a acreditar que a poupança não tem sentido algum.

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Evite criar o hábito de poupar indefinidamente, hábito que não é saudável. O cofrinho não é coisa só para crianças. Muitas pessoas conservam o hábito de guardar moedas mesmo quando adultas. Com ele podemos juntar pequenas quantias que seriam gastas sem nenhum controle do destino. Ao longo do tempo, um troco aqui, outro ali, pode se transformar em uma bom valor a ser usado em uma viagem comemorativa no final de semana ou mesmo a ida a um novo restaurante. Nesse caso quanto mais gordo o porquinho, maior pode ser o seu sonho!

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