Em quarentena, o que é pior: solteiro ou com um parceiro? A psicanalista Gabriela Goldstein acredita que “involuntariamente, estamos vivendo de alguma forma uma repressão sexual”. E o sexting, as mensagens de texto com teor sexual, tornaram-se as protagonistas desta época.
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Outro psicanalista, Andres Rascovky, concorda com isso. “Hoje o sexo é um tópico que não está em primeiro plano. Que paradoxo, não? Estamos aterrorizados e não há clima que convida ao amor. Acho que, por uma angústia predominante, há uma abstinência generalizada.”
Para Goldstein, “o medo do contágio leva a pessoa aos sentimentos mais primários. Que tipos de repressões estão operando na mente humana? Que tipos de tabus nos dominam?”.
Os dois especialistas concordam que, não considerando casais estáveis ou casados sob o mesmo teto, todo o resto está em pausa. Nada de bigamia, ou poliamor, ou swing.
Está chegando um momento de diálogo erótico, troca de fotos excitantes, jogos para se masturbar na internet — o que seria ideal para casais que não moram juntos ou para quem procura relacionamentos ocasionais.
Quarentena
O sexólogo July Ruiz explica que, isoladamente, é preciso determinar o papel da intimidade: se você está com seu parceiro e se é solteiro.
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“Este será, sem dúvida, um período de introspecção”, diz. “Às vezes, quando o ponto em que ficamos entediados é quando começamos a pensar em como satisfazer os nossos desejos. Você até medita e pensa em retomar relacionamentos que em algum momento foi bom.”
Mas a quarentena força os seres humanos a avaliar os seus relacionamentos. Conhecer e entender o que esperam da sua vida: se estão procurando apenas um parceiro sexual ou um parceiro para compartilhar.
Casais versus solteiros
Ao passar a quarentena como casal no mesmo espaço, o sexo em casa pode ajudar a despertar a criatividade. Ao ter um espaço comum, cultivamos a intimidade: abraçar e explorar faz parte disso.
“Se você não está com um parceiro, mas tem um possível candidato, é quando as mensagens de texto ajudam a flertar e a brincar para estimular sentimentos e emoções”, explica July Ruiz.
Quem é solteiro, mas têm um parceiro, pode escrever um para o outro diariamente, fazer chamadas de vídeo para contar como foi o dia e os seus desejos. Somos seres auditivos e gostamos de ouvir coisas boas e saber que alguém se importa conosco.
Mas o sexting deve ter suas precauções. Tome cuidado para quem você envia as mensagens apimentadas.
Jogos com você
Outra dica é assistir a filmes eróticos. Pessoas solteiras e sem parceiro em casa têm a oportunidade de se conhecer através da masturbação.
Tome um vinho, toque-se e faça um mapa do seu próprio prazer. No caso das mulheres, conheça o seu clitóris; no caso dos homens, é indicado tocar e descobrir as suas partes erógenas.
“O prazer é de sua responsabilidade”, explica o sexólogo. “Devo mostrar a minha rota erótica pela qual a outra pessoa deve percorrer: onde deve seguir e acelerar a intensidade. Isso também permite se conectar com outras sensações.”
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Fonte: Nueva Mujer