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Manter pressão ideal dos pneus pode evitar desperdício de combustível

Nem sempre o motor ou o excesso de carga são os culpados pelo aumento do consumo de combustível de um veículo. Pneus mal-calibrados também podem estar entre os principais suspeitos.

O fato é que o hábito de verificar a pressão dos pneus é ignorado por muitos motoristas. E quando eles estão abaixo da pressão ideal, indicada no manual do proprietário, a banda de rodagem aumenta a área de contato com o solo, exigindo mais força do motor para tirar o carro da inércia. E para atender a este esforço extra, o funcionamento do sistema necessita de mais combustível.

Outros fatores podem piorar essa situação, como o tipo de trajeto percorrido, as condições do trânsito ou a maneira como que o motorista guia o automóvel. De acordo com especialistas, pneus murchos podem fazer o carro beber 10% a mais de combustível.

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Um estudo realizado por um grupo de engenheiros do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), de São Bernardo, constatou que quanto mais murchos os pneus estiverem, mais rápido o tanque ficará vazio. O trabalho incluiu ensaios realizados em pista de testes e que simulavam o trajeto  em trechos urbano e rodoviário.

As medições foram feitas com os pneus inflados em níveis diferentes de pressão. O veículo utilizado nos testes, um Ford Fiesta, rodou com os pneus com pressões de 30 psi, calibragem recomendada pelo fabricante, e 15 psi. Nas simulações de percursos urbanos, o automóvel apontou aumento nas médias de consumo de 6,7%. Nos ensaios rodoviários, a uma velocidade média de 100 km/h, a variação atingiu 10,1%. A queda da pressão interna do pneu pode ser causada por furos, defeito na válvula ou, ainda, por problemas de vedação entre a roda e o pneu. Além do manual do proprietário, a pressão recomendada é indicada no veículo por adesivos fixados na tampa do porta-luvas, na tampa do tanque de combustível ou no batente da porta do motorista.

O custo do desperdício

Se as demonstrações da variação de consumo ainda são insuficientes para avaliar o prejuízo causado por este mau hábito, o cálculo financeiro não deixa dúvidas. Para se ter uma ideia, podemos considerar um motorista que rode 50 quilômetros por dia para ir e voltar o trabalho e que tenha um carro cujo consumo médio seja de 8 km/l de gasolina.

Enquanto o consumo médio normal seria de 6,25 litros no trajeto, se considerarmos a variação de 10% o índice seria elevado para 6,87 litros. Ao final do mês, levando-se em conta os 22 dias úteis, o consumo chegaria a 13,64 litros a mais. Durante o ano, o desperdício atingiria 163,68 litros, que convertido em reais, com base no preço médio da gasolina no ABC a
R$ 4,11, significaria um prejuízo de R$ 672,72.

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