Em vez de políticos, imagens de leões, elefantes, girafas e rinocerontes.
O Quênia retirou os rostos dos presidentes que estampavam as moedas do país e, no lugar deles, gravou as figuras de animais selvagens – no que é visto como tentativa de evitar a glorificação de políticos.
Moedas anteriores traziam efígies dos três ex-governantes do país: Jomo Kenyatta, Daniel arap Moi e Mwai Kibaki.
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Críticas
Parte da população, entretanto, via as moedas com imagens de políticos como forma de os líderes se promoverem e de personalizarem o estado.
O presidente Uhuru Kenyatta – filho do primeiro líder do Quênia, Jomo Kenyatta – disse que o novo modelo representa uma «grande mudança» e mostra que a nação «percorreu um longo caminho».
Seus três antecessores mandaram imprimir seus rostos na moeda enquanto estavam no poder. Kibaki, que venceu as eleições em 2002 – pondo fim a 24 anos de governo de Moi – havia afirmado que não gravaria a própria imagem, mas descumpriu a promessa.
Uma intensa pressão pública no país levou ao estabelecimento de uma nova constituição, adotada em 2010, para reforçar a democracia e os direitos humanos.
Entre outros pontos, o estatuto determina que a moeda «não deve trazer a imagem de nenhum indivíduo».
O Banco Central cumpriu a exigência no caso das moedas e provavelmente fará o mesmo quando imprimir novas cédulas.
A instituição afirmou que a escolha de animais dá «expressão física a um recém-renascido e próspero Quênia», e mostra respeito pelo meio ambiente.
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