Estilo de Vida

O que é a FIV e a FELV e como essas doenças afetam o seu gatinho

Gatinhos são tudo de bom, mas só quem é gateira(o) de verdade sabe que algumas doenças podem ser fatais para os felinos, e claro, que todo cuidado é pouco quando se tem um bichinho em casa.

O maior risco, segundo os veterinários, é a rua. «Eles têm mais chances de serem envenenados, atropelados e contaminados por doenças que normalmente são transmitidas por outros gatos. Por isso, é importante manter os animais dentro de casa evitando, de preferência, o acesso à rua», explica a veterinária Nathalia Ignácio de Queiroz, de 26 anos.

E quando o assunto são doenças mortais, a FIV (Imunodeficiência felina, ou “Aids”) e a FELV (leucemia felina) são as que mais assustam, afinal, ambas não têm cura.

«Assim como a Aids em humanos, a FIV pode ser transmitida pelo sangue e por algumas secreções corporais. Já a FELV, que compromete a imunidade do gato [o vírus ataca a medula óssea e afeta a produção de glóbulos brancos] é transmitida, principalmente, pela saliva», diz Nathalia.

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O vírus da FELV pode ser transmitido também por secreções e pelo contato com fezes e urina infectada. Por isso, é comum o contágio entre gatos que compartilham a mesma caixinha de areia ou os mesmos potes de água e comida.

Os sintomas

Como já dito, os sintomas da FIV são parecidos com a da Aids. De início, de 4 a 6 semanas, o gatinho pode ter febre, aumento dos gânglios linfáticos e uma chance maior de contrair infecções intestinais e cutâneas. A baixa severa da imunidade vem com a idade e torna o felino mais sujeito à infecções fatais.

A FELV também compromete a imunidade do gato, mas de uma maneira diferente. O felino pode perder peso rapidamente, ter anemia, diarreia, depressão, tumores, dificuldades respiratórias, febre, anorexia, problemas nas gengivas, entre outros.

«Podem surgir sintomas inespecíficos que podem acometer qualquer animal saudável, como alterações neurológicas, paralisia, convulsões, etc. Os casos mais graves vem acompanhados de linfomas, câncer e outros problemas que afetam diretamente a medula óssea. Aí é preciso cuidados paliativos e medicação», esclarece Nathalia.

Evitar o estresse no bichano também é importante. Afinal, todos sabem que situações de estresse favorecem a baixa da imunidade. «Todo estresse é ruim porque aumenta a produção viral e, com isso, facilita o aparecimento de doenças.»

‘Quero outro gato!’
Mas e quem tem um gatinho saudável em casa e quer outro, como faz? Bom, nesse caso a melhor coisa a fazer antes de levar um novo gatinho para casa é se certificar que ele não possui nem a FIV e nem a FELV. Como? Por meio de testes rápidos feitos em clínicas ou de exames de sangue em laboratórios.

Caso você tenha levado um gatinho para casa e ainda não tenha tido tempo de checar se ele realmente não tem doença alguma, Nathalia dá a dica. «Mantenha o novo felino em quarentena em um cômodo separado, sem acesso à rua ou demais ambientes da casa. Neste período faça os exames necessários para diagnosticar ambas as doenças e, se tudo estiver bem, o contato é liberado.»

«Mas e se não estiver tudo bem com o novo gatinho?»

O ideal é que um gato portador de FIV ou FELV frequente o mesmo lar que outro felino nas mesmas condições, ou seja, que também tenha uma das doenças. Mas se o membro mais antigo da casa for saudável também não é preciso expulsar o bichinho de lá.

Sim, com um pouco de esforço é possível manter os dois debaixo do mesmo teto. As únicas exigências para que isso aconteça são: espaço, condições financeiras para suprir os gastos do animal  que precisará de tratamento especial, e claro, muito amor no coração por parte do tutor.

«É só manter os dois gatinhos em ambientes separados e não esquecer das vacinas. Não é preciso desistir de uma adoção porque o felino tem uma das doenças. Aqueles que têm o vírus precisam de uma melhor qualidade de vida e muito, mas muito carinho, atenção e cuidados.»

E é importante lembrar ainda que a adoção consciente é fundamental, afinal, felinos com FIV ou FELV têm uma expectativa de vida menor que os demais gatos.

Motivo extra para dar aos bichanos uma dose extra de amor.

 

 

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