Ser o segundo filho de um casal pode ser mais complicado do que parece. Pelo menos é o que aponta um estudo liderado por Joseph Doyle, economista do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, os filhos do meio tendem a ser mais problemáticos que os primogênitos.
O levantamento feito com famílias nos Estados Unidos e na Dinamarca, com padrões sociais «consideravelmente diferentes», revelou resultados surpreendentemente semelhantes. Segundo os especialistas, os meninos nascidos no país europeu têm taxas mais elevadas suspensões e faltas na escola do que seus irmãos mais velhos. O alto índice de delitos na adolescência, principalmente de crimes violentos graves e prisão, também refletem esse cenário. Os primogênitos tiveram melhores resultados na escola, têm maiores coeficientes intelectuais e recebem salários maiores.
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A explicação seria que a chegada do segundo filho tem o potencial de prolongar o investimento parental da primeira infância no primeiro filho, que até a chegada do recém-nascido, era foco de toda a atenção. Outro fator teria relação com o tipo de pessoas que a criança tem como modelos.
Seria mais ou menos assim: o modelo a seguir do primeiro filho são seus pais, ou seja, adultos. Já o segundo tem como exemplo seu irmão, uma criança não muito mais madura que ele. As diferentes «inspirações» influenciam as crianças de modo distinto, alterando a maneira como os pequenos percebem o mundo desde cedo.
No entanto, apesar dos indícios de que o filho do meio seria a verdadeira «ovelha negra da família», não há evidências de que essas crianças sejam menos saudáveis ou tenham recebido menos investimento em educação — pelo contrário, elas aparentam ser mais saudáveis ao nascer e têm menores taxas de incapacidade na infância.
Antes de tudo, é preciso cuidado ao generalizar: o estudo não é capaz de determinar como será a vida de uma pessoa, apenas mostra que há um risco.