A quarta geração do Vitara, o valente jipinho da Suzuki, é mais compacta e tecnologicamente superior aos irmãos mais velhos.
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Embora tenha estado fora de nosso país entre 2003 e 2008, a fabricante promete um aguerrido retorno na disputa por mercado contra os demais utilitários – que se multiplicaram nos últimos tempos. A reportagem testou a versão 4Sport, que parte de R$ 107.990 e tem no propulsor o seu maior destaque.
Foguetinho
Não se deixe enganar pela baixa cilindrada. O motor turbo 1.4 com injeção direta tem desempenho invejável. São 140 cv de potência e 23,5 kgfm de torque a partir das 1.700 rpm. Outros carros com a mesma potência costumam disponibilizar tanta força lá pelas 5.000 rpm, quando o motor já está esgoelando. O resultado do Vitara é melhor que o de muitos concorrentes, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 8,2 segundos.
Na outra ponta do downsizing – que significa produzir veículos leves e potentes com baixa cilindrada – está a elogiável eficiência energética. Apesar de movido apenas a gasolina, o pequeno samurai bebe pouco. O SUV compacto faz generosos 12 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada. Tais números fazem com que o modelo fique com nota A no programa de etiquetagem de consumo do Conpet.
Comportamento e visual
O número 4 no nome da versão não significa a presença de tração 4X4, apesar de existir uma versão 4X4 do modelo, a Allgrip – que está na faixa de R$ 112.990 -, a que testamos é 4X2, sem maiores vocações para caminhos difíceis fora de estrada. Na aventura urbana de buracos, quebra-molas, rampas, alagamentos e, no máximo, um sitiozinho, o modelo se sai muito bem.
A transmissão automática de seis marchas é suave, rápida nas mudanças, proporciona reduções inteligentes durante as frenagens e ainda permite mudanças sequenciais no volante. A suspensão é silenciosa, confortável e firme, e ainda proporciona bastante estabilidade nas curvas, mesmo sendo um veículo alto.
Por dentro, o visual é moderno e interessante, mas bastante espartano com uma enorme quantidade de superfícies revestidas em plástico duro. Pelo preço, esperava-se materiais acolchoados e mais agradáveis ao toque. Mesmo com o entre-eixos ligeiramente menor (2,5 m), o aproveitamento de espaço no habitáculo é superior ao de alguns concorrentes. A largura do assento traseiro, por outro lado, não deixa dúvidas quanto aos dotes de compacto do jipinho: cabem, no máximo, dois adultos e uma criança. O porta-malas com capacidade para 375 litros está abaixo do esperado, mas, até o teto e com os assentos rebatidos, salta para 1.120 litros.
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Tecnologia
O maior destaque é o sistema multimídia: uma enorme tela touch de 10’’ com sistema operacional próprio. Funciona como um tablet, em que você instala aplicativos e ainda pode conectar ao wi-fi gerado pelo seu celular. Outra vantagem é a possibilidade de personalização do jipinho, com 22 combinações de cores para a carroceria e diversas opções de detalhes de acabamento interno.
Destaque também para os controles eletrônicos de estabilidade e tração, controle de velocidade em descidas, auxiliar de partida em rampa, sete airbags, faróis em LED, isofix para fixação de cadeirinhas, start-stop do motor, sensores e câmera de estacionamento, chave presencial, ar-condicionado, controle de velocidade de cruzeiro e sensores de luz e chuva. Como pontos negativos, não existem equipamentos como sistema de alerta de colisão, supervisão de pontos cegos, frenagem autônoma e assentos com regulagens elétricas.
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