
É difícil de acreditar, mas seu lar pode ser o melhor local para reprodução do Aedes aegypti. Por ser um mosquito doméstico, mais de 70% dos focos estão nas casas. Eliminar os locais ideais para a reprodução dele deve ser uma tarefa adotada pelo menos uma vez por semana – sempre no mesmo dia. Como o ciclo do Aedes dura geralmente sete dias, esse período pode salvar a sua família de contrair dengue, zika ou chikungunya.
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Segundo especialistas, em poucos minutos é possível fazer uma varredura em casa e acabar com os recipientes com água parada, propícios para a reprodução do mosquito.
O médico veterinário referência técnica no combate ao Aedes aegypti, Roberto Laperriere Junior, explica que determinar o “Dia da Vistoria” é a melhor forma de colaborar. “Como o ovo do mosquito leva de três a sete dias para se desenvolver, tomando medidas simples já dá para evitar que ele cresça e se reproduza. Daí a importância de a limpeza ser realizada no mesmo dia da semana. Não adianta nada limpar os focos na segunda-feira e depois somente na sexta da semana seguinte. Aí, o mosquito já terá se desenvolvido”, afirmou.
As medidas evitam que a água parada se acumule, uma vez que a reprodução acontece nesse ambiente. “Há lugares que a gente nem imagina que podem acumular água, como atrás da geladeira. Por isso é importante incluí-los na rotina para que eles não se tornem focos de doenças”, ressaltou o médico veterinário.
‘10 minutos basta’
Em Minas Gerais, a Secretaria Estadual de Saúde realiza diversas campanhas em escolas, empresas, praças e órgãos públicos para mobilizar a população sobre a importância em se combater o mosquito. Uma das ações fala sobre como reservar um tempinho para fazer uma vistoria em casa ajuda a eliminar qualquer possibilidade de foco das doenças. De acordo com a pasta, em apenas 10 minutos é possível acabar com os criadouros do Aedes aegypti nos quintais, banheiros e outros cômodos da residência (confira os passos no quadro abaixo).
A iniciativa é baseada em uma pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a partir da estratégia adotada em Cingapura, no Sudeste Asiático, para reduzir a infestação do inseto. Ao reservar um tempo semanal para a limpeza das residências, os moradores daquela localidade conseguiram controlar o mosquito e, com isso, eliminar possíveis criadouros. Além dessa campanha, no final do ano passado foi criado um comitê estadual para elaborar políticas de enfrentamento à dengue, chikungunya e zika nos municípios mineiros. Os investimentos passam de R$ 30 milhões.
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