Estilo de Vida

O que fazer antes de vender o carro? Especialistas explicam

A hora de vender um carro usado sempre gera dúvidas. Afinal, devo ou não fazer revisões antes de vendê-lo? Vale a pena trocar os pneus para entregá-lo em ótimo estado? E os amassadinhos, arrumar ou não arrumar? Para sanar essas dúvidas, o Metro foi atrás de especialistas e de pessoas que já vivenciaram situações como esta.

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O pensamento principal que os motoristas têm de ter em mente é que, se algo for consertado no carro antes da venda, o montante a ser gasto não deve, em nenhuma circunstância, superar 10% do valor do carro. “Arrumar o carro antes de vendê-lo só vale a pena se o valor a ser gasto para deixá-lo em ordem for de pouca monta. Porém, é fundamental investir um pouco para que o carro fique com aparência de bem cuidado, ou seja, lavar, polir, lubrificar e limpar detalhadamente. Afinal, uma boa aparência é muito importante”, ressalta Amos Lee, consultor automotivo.

Uma dica valiosa é não deixar para se preocupar com esses detalhes apenas na véspera da venda. Ou seja, se o carro tiver algum risco, por exemplo, o ideal é que o reparo seja feito brevemente, afim de não acumular tudo para o dia de se desfazer do automóvel. De acordo com gerentes de lojas consultadas pela reportagem, os dois principais fatores considerados na hora da aquisição de um seminovo são quilometragem e aspecto visual – batidas, riscos e amassados são considerados e podem ter o valor de reparo descontado no pagamento ao dono do veículo.

“É de praxe nesse mercado utilizar a tabela Fipe como referência. Entretanto, ao vender seu carro o comprador irá pagar-lhe cerca de 20% abaixo da tabela, isto porque a tabela irá servir para o lojista também como referência de preço de venda ao novo comprador, ficando a diferença como sua margem de lucro”, explica Lee. Outra dica importante é não gastar dinheiro com a parte mecânica antes de vendê-lo. Afinal, este gasto não será considerado na hora da negociação. “Só vale a pena arrumar os itens que aparentam boa conservação e bom estado de uso (lataria, bancos, tapetes, vidros, entre outros). Não vale a pena arrumar itens mecânicos ou eletrônicos mais caros.”

De acordo com Amos Lee, não existe limite razoável a ser gasto. Baseie-se sempre nos 10% do valor total do veículo. Agora, se o motorista tiver interesse em investir na manutenção de itens como freios, pneus, suspensão, troca de velas, óleos e filtros, o melhor é fazer isso e continuar mais um tempo com o carro. Afinal, se você arrumar tudo e vender, quando comprar o novo, terá que gastar com tudo isso novamente.

Faça as suas contas na ponta do lápis

Recentemente, Guilherme Fortuna se viu nesta situação na hora de vender seu carro. Afinal, Fortuna estava querendo trocar seu Corsa 2011 por um carro mais novo. Porém, o veículo, que valia R$ 23 mil de acordo com a tabela Fipe, precisava de uma série de consertos. Antes de comercializa-lo, ele foi até uma concessionária autorizada para fazer um orçamento. Na ocasião, para trocar o óleo e filtros, fazer a limpeza do ar-condicionado, trocar os quatro pneus, a correia e a suspensão, o valor gasto seria de R$ 5 mil – além disso, gastaria mais R$ 1 mil para consertar a lataria, que tinha pequenas avarias. Com o possível gasto de R$ 6 mil, o valor de manutenção pré-venda corresponderia a 26% do valor total de seu carro, algo muito acima do previsto pelo especialista. Sem orientação sobre o que fazer, Fortuna resolveu não realizar os serviços. Assim, preferiu vender o carro como estava e conseguiu pegar R$ 18 mil, corroborando que o gasto não traria lucro na venda. “Sabia que em concessionárias sempre pagam abaixo do valor de tabela, mesmo se o carro estivesse impecável. Por isso, optei por entregar o carro do jeito que estava e, por fazê-lo numa concessionária onde comprei meu zero-quilômetro, ainda tive facilidades.” 

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