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A profissão dos sonhos dos amantes de tecnologia pode estar ao alcance das mãos, ou, para ser mais exato, no aparelho celular mais perto. O mercado de desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis cresce 100% ao ano e desponta como uma das áreas de trabalho mais prósperas e desejadas do momento.
Cada vez mais modernos, celulares não seriam nada sem os sedutores aplicativos, ou apps, como ficaram conhecidos. Sem eles, concorda que esses cobiçados aparelhinhos não teriam a menor graça?
Ou seja, o sonhado emprego pode vir embalado pelo uso de smartphones, que não para de crescer no mundo todo. No Brasil não é diferente. No final de maio de 2014 passaram a representar 76% do mercado de celulares, segundo dados da Teleco.
Uma infinidade de apps já atende variadas demandas de entretenimento e de serviços. Empresas fazem malabarismos para atender a velocidade de um mercado ávido por novidades. Especialistas da área garantem que faltam profissionais qualificados na área.
Então, se acha que tem talento para o negócio, é hora para investir na profissão. “Existem start-ups que começaram com aporte inicial de R$100 mil, e em pouco tempo atingiram negócios anuais superiores a R$ 5 milhões”, diz Carlos Querido, professor de novas mídias e jogos digitais e diretor do Colégio Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Caminho das pedras
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Mas qual é o melhor caminho para se qualificar e concorrer a umas das tantas vagas? “Existem vários itinerários possíveis para se tornar um desenvolvedor”, informa Querido. “Já existem até escolas especializadas em programação e robótica para crianças.”
Se o estudante estiver no ensino médio, pode começar por cursos de nível técnico. Mas para ir fundo na profissionalização, o ensino superior pode acelerar a inserção no mercado.
Na hora de colocar a mão na massa, profissionais do setor contam que existem basicamente dois caminhos: criar e vender seu próprio aplicativo, ou desenvolver soluções para terceiros. “Vender um produto específico envolve competição sangrenta”, avisa o presidente da ABS (Associação Brasileira de Startups). “Não há barreiras regionais, a concorrência é mundial.”
Soluções para empresas
Cauteloso, e apaixonado por aplicativos, o jovem Fabrício Masiero, 22, optou pelo caminho mais seguro: trabalhar dentro de uma empresa de tecnologia. Estudante do quarto ano de engenharia da computação, ele desenvolve apps para clientes de diferentes setores. “Há uma grande demanda no segmento corporativo, e falta quem saiba fazer”, afirma. Para ele, é onde estão as melhores oportunidades.
Na margem dos empreendedores, Samir Iasbeck, 32, conta que enfrentou muitas dificuldades no começo. Formado em administração de empresas, em 2011, ele abandonou uma sociedade bem sucedida em uma start-up de desenvolvimento, e apostou tudo em seu próprio aplicativo. “Troquei o certo pelo altamente duvidoso.” Vendeu até o carro, que tinha acabado de pagar, mas não se arrepende. “Investi R$ 290 mil e no final de 2013 a empresa valia R$ 20 milhões”, afirma. Seu negócio também está presente na China, em Singapura e Portugal.