Esporte

Retrospectiva 2020: Em ano atípico, esporte teve grandes despedidas e protestos

2020 começou difícil para o mundo do esporte: já em janeiro, a morte do astro do basquete Kobe Bryant e a chegada do novo coronavírus dava o sinal de que seria um ano atípico. Em março, o cancelamento do maior evento esportivo mundial, as Olimpíadas, e inúmeros outros eventos paralisou fãs e profissionais da área. No fim do ano, quando as coisas pareciam voltar a se encaixar, morre Diego Armando Maradona, uma lenda do futebol que parecia, até então, imortal. Mas em meio à tristeza, alguns personagens conseguiram fazer história, como o piloto britânico Lewis Hamilton. Relembre alguns dos fatos mais importantes deste ano.

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Tênis: Naomi Osaka

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Filha de mãe japonesa e pai haitiano, Naomi Osaka fez história em 2018, quando derrotou a lenda Serena Williams numa emocionante final do US Open. Ela venceu o mesmo campeonato em 2020, ano em que tornou-se a atleta feminina com maior renda anual de todos os tempos. Osaka tem apenas 23 anos, mas consolida cada vez mais seu lugar na história do esporte.

Além de ter sido a primeira asiática a conquistar o 1º lugar no ranking mundial da Woman’s Tennis Association, ela utiliza o alcance que tem para divulgar causas que apoia. Neste ano, Naomi vestiu sete máscaras durante o US Open, cada uma com o nome de uma pessoa negra vítima de violência policial nos Estados Unidos: Breonna Taylor, Elijah McClain, Ahmaud Arbery, Travyon Martin, George Floyd, Tamir Rice e Philando Castile.

Adiamentos

Você pode nem se lembrar, mas 2020 deveria ser um ano olímpico. Os Jogos de Tóquio estavam marcados para julho e o adiamento inevitável veio logo no início do ano, remarcando o evento para 2021. Também foram adiadas a Copa América e a Eurocopa, ambas para junho do próximo ano. Já no Brasil, eventos esportivos foram suspensos em meados de março e ficaram paralisados por meses no aguardo de uma melhora na crise sanitária da covid-19. No futebol, houve pressão de dirigentes estaduais e presidentes de clubes para a liberação dos treinos e, em junho, foram retomadas as partidas do Campeonato Carioca. O Paulistão voltou no mês seguinte e, em agosto, começou o Brasileirão, inicialmente previsto para maio. No entanto, os jogos voltaram com gosto diferente: muito mais silenciosos por causa da falta de torcida.

Mudanças no futebol

O retorno dos jogos foi precedido pela elaboração de um novo protocolo de segurança pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Em 60 páginas, a entidade detalhou regras como acesso restrito ao campo, equipes técnicas e de imprensa reduzidas e testagem de todos os jogadores antes de cada partida.

A torcida, espetáculo à parte no esporte, precisou ser esvaziada para minimizar contágios. Os estádios até tentaram amenizar o silêncio, transmitindo barulhos de público nos alto-falantes e posicionando fotos dos torcedores na arquibancada, mas o estranhamento permanece. Além dele, há o prejuízo financeiro para os clubes, que deixaram de faturar milhões com bilheteria em 2020.

NOS DEIXARAM

Rodrigo Rodrigues

O ex-apresentador do SporTV faleceu aos 45 anos após contrair covid-19

Diego Maradona

O “Deus” do futebol partiu em 25 de novembro, vítima de uma parada cardiorrespiratória dias após uma cirurgia delicada no cérebro. O atacante e treinador argentino continua

sendo um dos maiores e mais polêmicos personagens da história do esporte.

Vadão

O ex-treinador da seleção feminina faleceu em São Paulo, onde foi internado para tratar um câncer no fígado

Ana Paula Scheffer

Ginasta rítmica da seleção brasileira, Ana Paula faleceu  em outubro, aos 31 anos. A atleta foi bronze no Pan de 2006, no Rio de Janeiro

Paolo Rossi

Campeão mundial em 1982, o italiano faleceu em dezembro, aos 62 anos

Kobe Bryant

Um acidente de helicóptero em 26 de janeiro levou uma das maiores lendas do basquete. Kobe Bryant, 41, sua filha de treze anos e outras sete pessoas faleceram após

uma queda de aeronave na Califórnia. O astro jogou durante toda a carreira no Los Angeles Lakers, com quem ganhou cinco campeonatos da NBA.

Também nos deixaram:  Valdir Joaquim de Moraes, 88, ex-goleiro do Palmeiras; Valdir Espinosa, 72, ex-jogador e gerente do Botafogo; Rui Chapéu, 80, lenda da sinuca; Alejandro Sabella, 66, ex-técnico da seleção argentina de futebol; Marcelo Veiga, 56, técnico do São Bernardo, e Renê Weber, 59, ex-jogador pelo Internacional e Fluminense.


*Supervisão Vanessa Selicani

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