Pentacampeão mundial em 2002, Juninho Paulista era um tipo de jogador que já não tem mais no mercado. Meia-atacante habilidoso fazia fila nos marcadores e batia na bola como poucos. Na Inglaterra, é considerado por muitos o melhor jogador que passou pelo Middlesbrough.
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No ano em que completa 10 anos como gestor do Ituano, ele fala sobre as dificuldades enfrentadas após pendurar as chuteiras e revela que já teve de botar dinheiro do bolso no clube. Campeão estadual em 2014, sua meta é fazer do Ituano referência na formação de atletas: “Queremos resgatar a essência do futebol brasileiro. Não se vê mais meias, os jogadores não dão mais dribles.”
Por que você decidiu ser gestor de um time de futebol?
Em 2008, joguei na Austrália, estava parando por causa dos problemas de lesão, mas queria continuar no futebol. Não pensava em ser treinador ou dirigente de clube grande. Queria um clube para administrar.
Como surgiu a oportunidade de assumir o Ituano?
Talvez tenha sido precoce. Ainda não estava preparado para o lado administrativo. Mas surgiu a oportunidade pela identificação com o clube onde comecei a minha carreira. Aceitei com a condição de que pudesse tirar os vícios do passado.
O que conseguiu mudar?
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Quando cheguei vi a mesma estrutura de quando tinha jogado há 20 anos. Fazia três anos que estava sem categorias de base. Reativamos e construímos um centro de treinamento.
Qual é sua meta?
Percebemos que o caminho era profissionalizar todos os departamentos. Começamos a crescer com o intuito de ser um clube formador. Queremos resgatar a essência do futebol brasileiro. Não se vê mais meias, os jogadores não dão mais tantos dribles. Queremos mudar isso.
Quem o Ituano já revelou?
Não tem nada melhor do que ver grandes times com jogadores formados aqui. O Luiz Felipe, zagueiro, vem se destacando na Lazio, o Victor Hugo, da Fiorentina… Mas a primeira safra que trabalhamos está subindo agora. Quase todos do elenco subirão para o profissional.