Como brasileiros, tivemos a oportunidade de ver nossa seleção levantar a taça da Copa do Mundo cinco vezes. Mas se você acha que o troféu foi sempre o mesmo, viemos relembrar um crime não resolvido que faz parte da história do futebol até hoje.
O primeiro troféu da Copa foi criado em 1930 para a inauguração da competição. Ele foi chamado de Jules Rimet para homenagear o ex-presidente da Fifa que levava o mesmo nome.
Na imagem feita de prata esterlina revestida de ouro, a deusa Nike segurava uma figura octogonal representando a vitória.
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O objeto media 35 centímetros e pesava cerca de 3,8 quilos. Além disso, sua base azul tinha pedras semipreciosas incrustadas.
Além do valor para a história do futebol, a taça também possuía um grande valor comercial. Segundo uma reportagem da BBC à época, o troféu era avaliado em £30 mil (R$ 114 mil).
O primeiro desaparecimento da Jules Rimet
Por conta da Segunda Guerra Mundial em 1939, o então vice-presidente italiano da Fifa, Ottorino Barassi, tomou uma medida radical para impedir que as forças nazistas tomassem posse do troféu.
Dessa forma, ele resolveu remover secretamente a taça do banco onde ela era mantida em Roma e a escondeu dentro de uma caixa de sapato, mantendo-a sã e salva debaixo da sua cama.
O sequestro da Jules Rimet
Em 20 de março de 1966, a taça desapareceu novamente, dessa vez de uma exposição em Londres.
O roubo ocorreu após o Brasil – que havia sido campeão em 1962 – deixar que o objeto fosse exibido no país.
Na época, faltavam apenas quatro meses para Copa na Inglaterra e uma força tarefa de policiais ingleses trabalhou para solucionar o caso.
Um pedido de resgate chegou a ser enviado, mas um cachorrinho chamado Pickles foi mais rápido e achou o bem valioso embrulhado em papéis de jornal em um jardim.
O suspeito Edward Betchley declarou que realizou o roubo a mando de outra pessoa e passou apenas dois anos preso por extorsão.
A última vez que Jules Rimet foi vista
Após o primeiro susto, a taça foi mantida em uma caixa de vidro à prova de balas na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Rio de Janeiro.
O ano era 1983 e, apesar da segurança, nada impediu que o troféu desaparecesse novamente, dessa vez para sempre.
O roubo foi planejado por Sérgio Peralta, representante do Atlético-MG na CBF e que tinha grande conhecimento do prédio.
Seus dois comparsas Chico Barbudo e Luiz Bigode colocaram o plano em prática e, após arrombar a câmara de vidro do local, alegam terem entregado a taça para que um comerciante de ouro argentino a derretesse.
O mais curioso dessa história toda é que no mesmo prédio, uma réplica da Jules Rimet era guardada em um cofre, enquanto a original era exposta.
Na época, quatro envolvidos foram condenados, mas passaram poucos anos presos.
Taça Fifa
O troféu que conhecemos hoje é a Taça Fifa, criada pelo artista italiano Silvio Gazzaniga. Ela tem 36 centímetros de altura e pesa 4,97 quilos.
Sua base é feita de malaquita – um metal semiprecioso – e a imagem que mostra dois jogadores no momento da celebração da vitória e o globo terrestre, foi produzida em ouro 18 quilates.
Atualmente, os campeões não recebem a posse definitiva do troféu e, para ganhar uma réplica do objeto, precisam vencer a competição três vezes.