Esporte

Atlético-PR bate o Vasco e joga o Coritiba na degola

Jogadores do Atlético-PR comemoram a vitória no Rio Rudy Trindade/FramePhoto/Folhapress

A vitória foi magrinha, mas trouxe muitas consequências para o Atlético-PR, nesta segunda-feira, em duelo com o Vasco, em Volta Redonda, pela 17ª rodada do Brasileirão. Bastou 1 a 0 para o time encerrar um jejum de nove jogos sem vencer, sair da zona de rebaixamento e de quebra empurrar o rival Coritiba para a degola.

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Com o resultado, o Furacão subiu para a 14ª posição, com 20 pontos, enquanto o Coxa cai para a 17ª (colocação que era ocupada pelo Atlético-PR), com 19. O Vasco perde a chance de encostar no G6, e segue em 8º, com 23 pontos.

Ribamar foi o autor do gol, contra um Vasco que segue tendo como marca a irregularidade.

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Milton Mendes apostou na garotada. Tanto que o quarteto ofensivo titular foi formado por Paulinho (17 anos), Mateus Vital (19), Guilherme Costa (23) e Paulo Vitor (18). A média de idade da equipe que começou jogando era de apenas 24 anos.

A juventude contribuiu para a dinâmica do primeiro tempo, jogado em alta velocidade – pelos dois times, aliás. Do lado do Vasco, a garotada acelerava todos os avanços, mas pecavam no último passe. A impaciência juvenil também foi notada na insistência em finalizações de longe, diante de uma área lotada de adversário.

No Atlético-PR, a principal aposta foi o contra-ataque. O time procurou jogar mais sem a bola, esperando uma chance de surpreender o Vasco na velocidade. Mas esbarrou na falta de capricho no último toque antes do arremate.

Com isso, as chances de gol foram raras, e a primeira etapa foi marcada pela baixa qualidade técnica – fora os cinco cartões amarelos, sendo três para o Gigante da Colina e dois para o Furacão.

Falha e gol

Para o segundo tempo, Milton Mendes mudou o Vasco. Sacou Guilherme Costa, bem abaixo da expectativa da torcida, e lançou Thalles no comando de ataque, jogando Paulo Vitor (o melhor do time) para o lado de campo.

O panorama mudou pouco, e o placar foi aberto após uma falha. Rosseto cruzou da esquerda e o lance parecia sem perigo, mas Henrique, que entrou no lugar de Ramon durante o primeiro tempo sentindo dores, furou o chute. A bola sobrou para Ribamar fazer 1 a 0 para o Furacão.

O Vasco passou a pressionar mais, mas, sem organização, os jovens jogadores de frente do Gigante da Colina foram presas fáceis. O nervosismo no meio de campo – evidente em Bruno Paulista – também pesava.

Para reforçar o meio de campo, Fabiano Soares fez duas modificações simultâneas, tirando Ribamar e Lucho González para as entradas de Felipe Gedoz e Lucas Fernandes. No Vasco, o treinador tirou Paulinho para lançar Manga Escobar, e ouviu vaias da torcida pela saída do novo queridinho dos vascaínos.

A pressão vascaína continuava, mas na base do “chuveirinho” e sem levar perigo a Weverton – foram quase 20 bolas alçadas na área pelos comandados de Milton Mendes. E o Furacão aguardava uma chance de matar a partida em um contra-ataque. Para isso, Soares colocou Ederson, enfrentando seu ex-clube, no lugar de Nikão, em noite pouco inspirada.

O Vasco chegou a criar algumas chances nos últimos 10 minutos, mas quando conseguiu finalizar, esbarrou em Weverton. Assim, a garotada vascaína não conseguiu repetir o encanto do triunfo sobre o Atlético-MG no Horto. Na calma do zagueiro Paulo André, o Furacão segurava os três pontos decisivos na luta contra o rebaixamento.

No último lance, Weverton falhou e quase levou um frango. No rebote, Paulo Vitor acertou um chutaço no travessão. Na sequência, o árbitro encerrou a partida.

Na próxima rodada, o Vasco recebe o Cruzeiro na quinta-feira (3), no mesmo Raulino de Oliveira, cumprindo mais um jogo de punição com a perda do mando de campo. No mesmo dia, o Atlético-PR encara o Avaí na Arena da Baixada, em duelo contra um adversário direto contra a degola.

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