Esporte

Ronaldinho foi essencial para meu sucesso no Atlético-MG, diz Luan

Em entrevista exclusiva ao Metro Jornal, meio-campista do Atlético-MG Luan conta sobre difícil momento que o deixou fora dos gramados, e não considera o Galo como o principal favorito à conquistas nas competições deste ano. “Menino Maluquinho” fala sobre ambição pelo título do Brasileirão, importância de vencer o Cruzeiro no sábado, sonho de atuar no Atlético e Madrid, e revela que Ronaldinho Gaúcho foi essencial para o sucesso dele no alvinegro

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Esperava marcar o primeiro gol na temporada em tão pouco tempo após se recuperar dessa última lesão?

Trabalho sempre em cima do melhor para a equipe e do melhor para mim, então sou bem tranquilo nesse aspecto de poder voltar e dar o melhor para o Galo. Os gols vão sair naturalmente, trabalhando no dia a dia e ajudando a equipe sempre a vencer. Não importa aquele que faça o gol e, sim, que o time conquiste os resultados positivos.

Durante o tempo de recuperação, qual foi a maior dificuldade e quem mais o ajudou?

Primeiramente Deus, que me dá tranquilidade, e minha família. A família é a base de tudo. Em casa sempre converso com a minha esposa que me traz sempre coisas positivas. Não me deixo abater por qualquer coisa. Já passei por tanta coisa na infância e na minha vida. Por isso tento sempre fazer o melhor, dar a volta por cima e viver sempre feliz.

Acredita que será titular do time em 2017?

Ninguém tem cadeira cativa aqui no Galo. Tem jogadores importantes e também aqueles que o treinador tem confiança. Cada um vai ter que buscar o seu espaço e lutar. Terão muitos campeonatos pela frente, e o Atlético tem um elenco bem montado, com jogadores qualificados. Aquele atleta que estiver melhor preparado vai jogar.

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Com esse elenco, o Atlético é o principal candidato a todos os títulos da temporada?

Não. Ano passado a imprensa colocou isso para a gente e não conquistamos nada. Este ano é diferente. Temos que pensar que temos um bom time, um bom elenco, e que se a gente não se impor nos jogos e nas competições, vamos sofrer. O Atlético vem lutando todos os anos por títulos e vamos manter essa meta. Naturalmente, as vitórias e quem sabe os títulos vão vir. Acho que o Atlético não é o favorito. Tem muitas equipes bem montadas também no futebol brasileiro.

Roger Machado melhorou o rendimento do time em relação ao comando de Marcelo Oliveira em 2016?

Cada um tem uma mentalidade diferente. O treinador que chega ao Galo sabe como é o clube e o jeito do time jogar. Marcelo Oliveira tem a sua filosofia e o Roger agora vem com a dele. O time está mais compacto e mais ciente que tem que tomar poucos gols para poder sair com as vitórias, porque se não sofrermos lá trás, tenho certeza que vamos fazer os gols no ataque. O Roger está fazendo um grande trabalho, como o Marcelo Oliveira também fez um trabalho bem feito.

O Atlético já não vence o Cruzeiro há seis clássicos. Esse tabu será quebrado no sábado?

A expectativa é de um grande jogo. Um clássico. Um jogo à parte. Sabemos da importância que representa essa partida e vamos procurar fazer o nosso melhor e vencer. Tem seis clássicos que não ganhamos e será muito importante chegar no sábado e sair com a vitória sobre o nosso rival.

Preferiria torcida dividida para este clássico?

O futebol brasileiro tem que mudar o pensamento e realizar o clássico com as duas torcidas. Seria interessante ter metade da nossa torcida e metade da torcida deles. Precisamos voltar nos velhos tempos. Infelizmente, existem torcedores que não são torcedores e se infiltram entre as boas pessoas fazendo coisas desagradáveis ao futebol. Não só no RJ, mas no mundo também. É de consciência da CBF mudar esse pensamento nos clássicos.

Qual título conquistado no Atlético foi o mais marcante para você até hoje?

A Libertadores, por ainda o clube na época não ter conquistado. O Galo precisava de um título de expressão e vinha sendo injustiçado nas décadas passadas. A Copa do Brasil também foi muito importante e emocionante.

Qual craque que conviveu no Galo que você mais o admirou ou admira no clube?

Ronaldinho Gaúcho. Ele me ajudou muito no Galo, desde quando cheguei. A admiração sempre ficará, como também ficou com Tardelli e o próprio Jô, que me deu muita moral. Mas com Ronaldinho foi legal viver. Quando criança, assistia ele na seleção brasileira e depois ter sido campeão com ele ficará marcado para o resto da minha vida. E ainda substituindo ele às vezes e fazendo gol (risos)… Foi especial e posso mostrar para os meus filhos. Jogo com grandes jogadores agora que são Fred, Robinho, mas Ronaldinho foi formidável.

O que falta no seu currículo com a camisa atleticana?

O desejo é conquistar o Brasileirão antes de encerrar a minha carreira. Precisamos disso e deixamos a desejar nos últimos anos. E a arbitragem também nos desfavoreceu em alguns jogos nos últimos anos. Mas é passado e temos tudo para fazer história novamente. É gostoso quando se ganha um título importante.

Tem desejo de jogar no futebol europeu após o término de contrato com o Atlético?

Tinha um sonho de jogar no Atlético de Madrid. Era meu sonho depois do Galo. Mas se for da vontade de Deus ou o Atlético um dia não quiser contar com meu futebol, vou buscar o melhor para mim. 

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