
A retomada da Seleção Brasileira e a reconquista da torcida têm um responsável: Tite. Depois do vexame na Copa de 2014 com Luiz Felipe Scolari e de iniciar as Eliminatórias para o Mundial de 2018 na Rússia de modo preocupante nas mãos de Dunga, a CBF mexeu no comando em junho do ano passado. Trouxe o então técnico do Corinthians e viu a mágica acontecer.
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Na experiência dos seus 55 anos, o gaúcho Adenor Leonardo Bacchi é o novo queridinho do Brasil. Conseguiu acertar o time, mostrar um futebol gostoso de se ver, convenceu Neymar a jogar para a equipe. A Seleção busca sempre o ataque, como gosta a torcida. E, além de se mostrar eficiente, faz muitos gols. Nos nove jogos à frente da equipe, Tite ganhou todos – um amistoso e oito pelas Eliminatórias. Incríveis 25 gols marcados e apenas dois sofridos.
A Seleção deixou de ser vaiada quando joga em seu território. Pelo contrário, agora é aplaudida. E com o treinador dividindo de igual para igual os holofotes com Neymar, a principal estrela da companhia.
No jogo de terça-feira, na vitória por 3 a 0 sobre o Paraguai, em Itaquera, o nome mais comemorado na arena foi o dele. Algo que tem se repetido país afora. Foi a 14ª rodada – faltam quatro – e o Brasil já está classificado matematicamente para a Copa. É a única Seleção, aliás, já garantida no Mundial além da Rússia, que é o país-sede.
Tite chegou com o Brasil em sexto lugar, com 9 pontos e fora até da repescagem. Hoje tem 33 e está em primeiro. Somente com os 24 conquistados por ele, já teria a ponta, igualado em pontos com a Colômbia mas com vantagem nos critérios de desempate.
E para se ter uma ideia da popularidade absurda do treinador, o Instituto Paraná Pesquisas fez um levantamento com 2.260 pessoas maiores de 16 anos e 15% delas disseram que votariam em Tite caso ele se candidatasse à presidência.
No resto do mundo, a repercussão sobre o trabalho do técnico também é grande. Ao lado de Neymar, Tite é o “dono” das manchetes dos jornais. Enquanto o camisa 10 “segue os passos de Pelé” para o francês “L’Equipe”, a inglesa BBC ressaltava a “diferença que faz um técnico”. O site da Fifa também se rendeu e classificou como “efeito Tite”.
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Com a vaga na mão, Tite agradeceu a todos. Torcida, imprensa, jogadores. E garantiu: “Agora é tomar uma caipirinha para comemorar.”