Rio 2016

Cerimônia de encerramento da Paralimpíada aposta na música para comover o público

selo-jogos-paralimpicos-rio-2016Explorando o múltiplo universo musical brasileiro, a cerimônia de encerramento da 15a Paralimpíada promoveu encontros entre os mais diversos ritmos nacionais, na noite de ontem, no Maracanã. Além de nomes mais conhecidos, como o da baiana Ivete Sangalo e da banda pernambucana Nação Zumbi, que exibiu cartaz de protesto “Fora, Temer”,  o evento reuniu no palco o roqueiro paulista Andreas Kisser, Armandinho, ícone do axé da Bahia, e o guitarrista fluminense Johnatha Bastos, que nasceu sem os braços.

Um minuto de silêncio foi dedicado ao ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad, que morreu após acidente na prova do ciclismo de estrada. Ricardinho, ouro no futebol de 5, foi o porta-bandeira brasileiro. O espetáculo exaltou a aceitação às diferenças e foi marcado por mensagens de paz e tolerância. Atletas de todas as delegações foram instalados no gramado coberto como espectadores.

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Narrada pela locutora do Google Tradutor, a cerimônia serviu também para celebrar a 8a colocação da delegação da casa no quadro de medalhas. Foram 72 no total: 14 ouros, 29 pratas e 29 ouros. Esse é o melhor resultado brasileiro da história. Contudo, foi abaixo da meta do Comitê Paralímpico Brasileiro, que esperava alcançar o 5o lugar.

De acordo com o balanço feito pelo Comitê Rio 2016, a cidade pode comemorar o sucesso na realização do megaevento. “Cumprimos a nossa missão. Desde que vencemos a candidatura, em outubro de 2009, eu sei que passamos por um período de muitas dúvidas”, reconheceu Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016.

Os Jogos terminaram, segundo o comitê, dentro do orçamento de R$ 7,4 bilhões, previsto em 2009.  “Não tínhamos a intenção de usar recurso público, mas tivemos momentos de dificuldade e fechamos convênio de R$ 150 milhões com a prefeitura. Mas isso não passa de 1% do custo total”, afirmou Mario Andrada, porta-voz da Rio 2016.

Devido à  alta procura por entradas – foram 2,1 milhões de ingressos vendidos –, houve redução no buraco orçamentário. A verba da prefeitura foi para o pagamento de passagens de atletas de delegações com menos recursos e traslado de cavalos do hipismo. O montante servirá para desmontagem de estruturas e na demissão de funcionários.

O Ministério do Esporte anunciou a programação  do aporte financeiro no  esporte paralímpico até a próxima edição, em Tóquio 2020. Além de manter programas de incentivo, como Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, vai ampliar o investimento para R$ 656 milhões em 2017.

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