A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou uma nova fase das investigações de um esquema internacional de vendas ilegais de ingressos durante a Olimpíada. Um dos alvos no momento é Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional). Os policiais desejam ouvi-lo como testemunha do caso.
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A principal questão é o relacionamento dele com o ex-presidente do Comitê Olímpico da Irlanda, Patrick Hickey, acusado de três crimes: facilitação para o cambismo, marketing de emboscada e organização criminosa. Os agentes rastrearam, de 2014 até os Jogos Olímpicos, 65 e-mails trocados entre Patrick e Bach.
Em uma das mensagens, o irlandês (que é ex-executivo do COI) cobrava mais ingressos para a Rio 2016 e afirmava que havia recebido mais ingressos para os Jogos de Londres 2012 do que era oferecido para ele no Rio.
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A Polícia Civil aguardava a chegada de Bach para a abertura da Paralimpíada para intimá-lo a depor. Porém, o presidente do COI já afirmou que não vem mais ao Brasil por causa do funeral de um dirigente alemão. Pela primeira vez desde 1984, o presidente do COI não esteve presente na abertura dos Jogos Paralímpicos.
Na terça-feira, Hickey prestou depoimento, mas não respondeu nenhuma das 14 perguntas feitas pelos investigadores. Até o momento, 10 pessoas foram indiciadas pelos crimes de facilitação de cambismo, marketing de emboscada e associação criminosa. De acordo com a Polícia Civil, mais pessoas devem ser indiciadas.