Ao lado da canoagem e do judô, a ginástica artística foi o esporte que mais medalhas rendeu ao Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. As pratas de Arthur Zanetti (argolas) e Diego Hypolito (solo) e o bronze de Arthur Nory (solo) deram um novo patamar ao esporte, que, até então, só tinha uma medalha olímpica na história: o ouro de Zanetti em Londres 2012.
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Para Nory, o desempenho do país no Rio é fruto dos investimentos que fizeram a modalidade crescer.
“Eu acho que o Brasil vem crescendo muito na ginástica desde 2013. Desde então, o Brasil foi o país que mais cresceu, saiu de 13º para sexto no Mundial de 2014. Quem acompanhou a ginástica masculina viu o crescimento, viu todo o apoio. A gente teve muito apoio nesse ciclo, teve um centro de treinamento no Rio de Janeiro, viagens de intercâmbio, isso ajudou muito para que a ginástica crescesse e tivesse um bom desempenho aqui”, analisou o ginasta ao Portal da Band, durante evento na sede do Governo de São Paulo.
No entanto, para que o Brasil siga crescendo, é necessário que os investimentos continuem, o que não é certeza que ocorra. Um exemplo trata dos equipamentos utilizados nos Jogos. Após a Olimpíada, Zanetti fez um apelo para que os materiais não retornem à Alemanha e sejam comprados para que o país tenha uma estrutura de primeiro mundo. Segundo o ginasta, estes equipamentos têm 30% de desconto por já terem sido utilizados. Nory reforça o coro do companheiro de Seleção.
“Eu acredito que tem que ficar. A gente usou um material e ele vai voltar para a Alemanha? Ele já está aqui. Eu acho muito importante alguém ajudar na compra desses materiais para que tenha mais estrutura. São materiais dos melhores, é tudo de ponta. É muito importante ter mais centros aqui para abrir portas para novas gerações, para crianças participarem e treinarem, para evoluir a ginástica. Da quantidade a gente pode tirar qualidade. É muito importante não deixar esses materiais irem embora”, afirmou.
Aos 22 anos, Nory acaba de participar de sua primeira Olimpíada. Pela idade, o ginasta ainda deve participar de outros Jogos. E de olho em Tóquio 2020, ele já avisou: “Agora é pensar no ouro, treinar bastante para estar lá”.