Usain Bolt tem uma missão no Rio: ajudar seu país a superar Michael Phelps. Explica-se: se fosse um país, Phelps seria a 40ª nação mais medalhada dos Jogos Olímpicos, à frente da Jamaica, com Usain Bolt e tudo. Com 18 medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze, Phelps é o atleta mais bem-sucedido de todos os tempos. A Jamaica tem 17 ouros (seis de Bolt).
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A impressionante marca do nadador americano também coloca o «país Phelps» à frente de praticamente todos os países sul-americanos –fica atrás apenas do Brasil, com 23 ouros, e da Argentina, que iguala os 18 ouros do multicampeão, mas venceria pelo número de pratas: 24 a 2.
Aos 31 anos, Phelps disputa no Rio sua quinta Olimpíada. E sua situação no quadro só não é melhor porque a primeira, em Sydney, não foi das melhores. O nadador conseguiu apenas um quinto lugar, aos 15 anos.
Antes dos Jogos do Rio e longe do auge de Pequim 2008 (quando conquistou oito ouros), Michael Phelps chegou a anunciar sua aposentadoria. Voltou atrás e se classificou para três provas: 100m borboleta, 200m borboleta e 200m medley.
Outros supercampeões
Michael Phelps superou em Londres 2012 o número de medalhas da ginasta ucraniana Larisa Latynina, que tem 18 pódios no total. Larisa, que competia pela União Soviética, participou de três jogos: Melbourne 1956, Roma 1960 e Tóquio 1964; ganhou nove medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de bronze.
Em terceiro, o finlandês Paavo Nurmi, conhecido como “o finlandês voador”, conquistou 12 medalhas (nove de ouro e três de prata), todas nos anos 1920. O quarto maior medalhista também é um nadador: Mark Spitz, com nove ouros, uma prata e um bronze.
O velocista americano Carl Lewis também tem nove ouros (e uma prata). No Rio, Usain Bolt tenta ser o sexto atleta do mundo a conquistar nove ouros. Para isso, precisa vencer suas três provas: 100m, 200m e revezamento 4x100m. Se conseguir, deve fazer a Jamaica superar a pátria «phelpiana».