Nenhuma espécie de polvo Paul, que virou celebridade ao acertar os resultados da Copa do Mundo de 2010, ainda se candidatou para ser o adivinha da Olimpíada do Rio de Janeiro. Mas, de acordo com o banco americano Goldman Sachs, a economia pode fazer este papel com base em variáveis macroeconômicas e relações estatísticas.
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Como? Considerando as condições de crescimento econômico dos países, o tamanho da população e uma avaliação do ambiente político e institucional. Talvez essa base de análise possa ser encarada com certo ceticismo, mas a instituição financeira tem os Jogos de Londres, em 2012, provam que ela merece credibilidade e que não são é apenas fruto de mero chute. Para aquela edição dos Jogos, por exemplo, os economistas cravaram o total de medalhas da Grã-Bretanha (65) e acertaram os ouros de 10 dos 11 principais países da lista.
E, se depender da previsão deles, o Brasil baterá o seu recorde de medalhas, que foi obtido justamente na edição da capital inglesa, quando os brasileiros voltaram com 3 ouros e 17 medalhas. Para o Rio de Janeiro, a análise aponta que serão 5 ouros e um total de 22 medalhas. Isso o colocaria em 16º lugar da classificação geral. Na ponta estariam Estados Unidos (106 medalhas, 45 de ouro), China (89 medalhas, 36 de ouro) e Grã-Bretanha (59 medalhas, 23 de ouro).
Essa turbinada nos resultados do Brasil, apesar da crise política e econômica que vive o país, vem por conta do peso de ser o anfitrião, aponta o estudo.
Apesar dos resultados em quadra, a projeção aponta que os Jogos pouco estimularão o crescimento do Brasil. “De forma geral, acreditamos que os investimentos relacionados à Copa e à Olimpíada foram pequenos demais para gerar um dividendo/impulso econômico significativo dada a grande dimensão da economia”, diz o estudo.
Um caso à parte
O Goldman Sachs teve que fazer ajustes para a Rússia — normalmente uma das cinco maiores ganhadoras de medalhas – por não ter clareza sobre o nível que o país participará. Isso porque o escândalo de doping tirou mais de 100 competidores do país da Rio-2016. As estatísticas preveem que a Rússia conquiste 58 medalhas, 24 a menos que na última edição.