Acender a pira olímpica é um ritual repetido desde os Jogos de Berlim, em 1936, e marca a abertura oficial da Olimpíada. Neste ano, até chegar à pira do Maracanã, palco da cerimônia de abertura da Rio 2016, em 5 de agosto, o fogo terá passado pelas mãos de cerca de 12 mil pessoas em 329 cidades. Honraria imensa para uns, possibilidade de negócio para outros. Na internet, é fácil encontrar exemplares da tocha dos Jogos do Rio à venda em sites como Mercado Livre e OLX.
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O preço varia bastante. A tocha mais barata encontrada está à venda por R$ 4 mil e o anúncio mais caro envia o símbolo dos Jogos Olímpicos para sua casa por R$ 200 mil, preço mais alto do que um carro da marca BMW 125i M Sport direto da fábrica.
Um dos anunciantes se justificou. “Estou vendendo a tocha por necessidade.
Foi um momento inesquecível em minha vida. Se dependesse exclusivamente de minha vontade, ficaria com ela pelo resto da vida”, explicou o vendedor que se identificou como o condutor 006 da cidade de Gravatá (PE) e pede R$ 55 mil pelo objeto.
Também é possível encontrar à venda o kit com o uniforme completo de condutor da tocha olímpica. O preço é menor, apesar de alto: R$ 400.
Basta uma pesquisa rápida para encontrar as tochas à venda | Reprodução/ Internet
Apenas condutores têm a chance de adquirir a tocha olímpica, após o revezamento. Os patrocinadores do revezamento, Coca-Cola, Bradesco e Nissan, responsáveis por indicar 6 mil pessoas para o evento, decidiram dar o objeto de presente para os participantes após pressão nas redes sociais. Como o presente não constava no plano inicial, as empresas tiveram um gasto extra. A Nissan, por exemplo, teve prejuízo de quase R$ 5 milhões.
Já quem não foi apadrinhado por um dos patrocinadores teve que pagar do próprio bolso, caso quisesse ficar com a tocha, o valor de R$ 1.985.