Após os eventos-teste do handebol, da Olimpíada, e do goalball (para cegos), da Paralimpíada, na semana passada, os atletas foram unânimes em elogiar as instalações da Arena do Futuro, mas fizeram coro na reclamação: há algo de podre que vem da Lagoa de Jacarepaguá.
Arena mais próxima das águas no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, fica notório pelo mau cheiro que não foi cumprido o legado dos Jogos com a despoluição. A Cedae faz intervenções no esgoto da área (obras de R$ 72 milhões), mas na crise do Estado a limpeza de fato ficou restrita a obras no Canal da Joatinga.
Apesar de ter a mesma capacidade de público de 12 mil pessoas da Arena Olímpica (a HSBC Arena feita para o Pan de 2007), a do Futuro é mais confortável, tanto na visão quanto em relação às cadeiras. A que vai abrigar a ginástica artística tem espaço menor para as pernas e é mais inclinada.
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Na nova, após subir 50 degraus já se chega ao assento mais alto. Para os atletas do goalball, que jogam com uma bola guizo e precisam de silêncio, o eco pode atrapalhar.
Mas não espere refinamento no acabamento da arena de R$ 133,4 milhões, que é temporária e vai virar quatro escolas pós-Jogos. “O acabamento em algumas partes é ‘no osso’. A gente não vai ter luxo nos Jogos”, reconhece o diretor de Esportes do Comitê Organizador Rio 2016, Rodrigo Garcia. Ele explica que há plano de contingência para aliviar o cheiro, mas a situação ainda será avaliada.
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Nos eventos-teste foram feitos os sorteios dos grupos do handebol. A seleção feminina vai enfrentar a bicampeã olímpica e campeã mundial de 2015, Noruega, na 10ª fase no Grupo A.
A tática do técnico dinamarquês Morten Soubak foi enfrentar o grupo mais difícil no início. Sem chances de medalha, a tática masculina foi a oposta, e o técnico espanhol Jordi Ribera preferiu ficar no Grupo B, oposto à França, tentando a classificação. O Brasil pôde escolher o grupo por ser país-sede. Mas a tabela e os cruzamentos ainda serão definidos.