Com a experiência de duas Olimpíadas, o gaúcho Murilo Endres está se preparando com a Seleção Brasileira de vôlei em Saquarema. Sob o comando do técnico Bernardinho, vão disputar a a Liga Mundial e a Rio-2016, que começam em junho e agosto, respectivamente, na Arena Carioca 1 no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.
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Em ano olímpico, a cobrança do Bernadinho é maior?
Na verdade, isso é muito natural para a gente. O Bernadinho já era bem exigente nos outros anos, agora não ia ser diferente. Nós temos consciência da responsabilidade, só não podemos deixar isso atrapalhar o nosso desempenho dentro de quadra. Tem que ser uma coisa boa, a gente vai jogar incentivado pela nossa torcida e isso precisa fazer diferença a nosso favor.
O que você achou da convocação?
É o grupo que vinha disputando as competições nos últimos três anos. Nenhuma surpresa, até teve o Douglas Souza, mas ele já vinha jogando desde o ano passado e fez uma Superliga excelente. O Bernadinho está com a cabeça aberta, ainda mais porque tem alguns jogadores no exterior. Não tem como decidir os 12 que irão jogar a Olimpíada agora, ainda tem muita coisa para acontecer.
A crise econômica atrapalha?
Isso todo ano é falado, é time que acaba, outro time que surge. Ficamos tristes porque é o ano dos Jogos Olímpicos e quando o Brasil foi eleito país-sede, a gente achou que muita coisa iria melhorar, mas infelizmente não foi o que aconteceu. É a realidade do país e a gente precisa fazer com que tudo dê certo e que a política não atrapalhe. Nosso papel dentro de quadra vai ser demonstrar muita força e deixar esse legado para as novas gerações.
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Será sua última Olimpíada?
Não vou botar um ponto final, porque nunca vou negar uma convocação, atleta nenhum faria isso. Mas, eu vou fazer 35 anos [amanhã] e, fisicamente, após duas cirurgias, começa a ficar bem difícil. Então, sendo bem racional, ano que vem não me vejo dentro das quadras defendendo a seleção.
Algum recado para os fãs?
Eu só tenho a agradecer aos fãs. Eles são fanáticos, lotam os ginásios e a procura não é diferente para os Jogos. Tenho certeza que teremos milhares de pessoas nos incentivando, gritando e sofrendo junto com a gente. Isso é um conforto para nós, pois não serão só os 12 atletas lá dentro, mas milhares de brasileiros conosco.
Vai levar a família para assistir a alguma partida?
Estou tentando não me preocupar tanto com isso. Mas, a família estará torcendo de qualquer lugar, o importante é que o pensamento esteja com a gente.