Esporte

Licenciado há um mês, presidente Marco Polo Del Nero retorna a CBF

Marco Polo Del Nero está de volta ao comando da CBF um mês após se licenciar. Mas a nova passagem do cartola do mais alto cargo da confederação brasileira não deve durar muito. Coisa de dias. E ele vai pedir um novo afastamento.

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Parece confuso? Siga o raciocínio. Investigado pelo FBI por supostamente participar de esquemas de propina no futebol, Del Nero pediu licença do cargo para “se dedicar à sua defesa”.  Como interino, foi nomeado Marcus Antônio Vicente, que já deixou o posto com o retorno do titular.

Logo Marco Polo pedirá nova licença e indicará Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, como seu novo substituto.

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Essa é a manobra articulada pelo cartola de 74 anos.  E tem explicação: Del Nero teme que seja punido pela Fifa em breve. Com Coronel Nunes no cargo, ele garante alguém de sua confiança na CBF. Caso fosse suspenso com Marcus Vicente no poder, ele teria menos força nas decisões do gabinete.

O próprio Marcus Vinícius seria esse nome, tanto que foi indicado pelo titular, mas Del Nero se incomodou com a intenção do substituto em promover mudanças em cargos estratégicos na confederação. Por isso resolveu voltar. Para sair de novo. Com mais garantias.

Não ‘tá’ fácil pra ninguém

Indiciado pelo FBI, Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, foi citado em uma delação como beneficiário de propinas por quase uma década. A informação é do jornal “Estado de S. Paulo”.

Documentos oficiais do FBI mostram que Teixeira recebeu dinheiro em contas em Zurique – onde fica a sede da Fifa. O delator, que não teve o nome divulgado, indicou que o pagamento foi na casa dos 20 milhões de francos suíços (R$ 80 milhões). As propinas teriam vindo da empresa ISL entre 1992 e 2000.

O valor que havia sido entregue a Ricardo Teixeira ainda não tinha sido divulgado, mas o cartola já havia sido denunciado pela Justiça americana em dezembro passado.

Pela CBF, Andrés Sanchez deixa o futebol do Corinthians

Andrés Sanchez não é mais o superintendente de futebol do Corinthians. O ex-presidente do clube deixa o departamento nas mãos do gerente Edu Gaspar e de Eduardo Ferreira, diretor adjunto, além, claro, do presidente Roberto Andrade. O agora ex-dirigente quer dar prosseguimento no seu projeto de comandar a CBF.

“Vou trabalhar para mudar a CBF e tentar melhorar o futebol brasileiro como um todo. Precisa de mais transparência. Em comum acordo com CBF e Federações. Converso com bastante federações e clubes para ver o que vai fazer melhor. Precisamos melhorar o futebol brasileiro melhor do que está hoje”, disse ele em entrevista à Rádio Globo.

Considerado um dos dirigentes mais vitoriosos da história do Corinthians, Andrés Sanchez tinha assumido o cargo de superintendente em fevereiro de 2015, após a eleição de Roberto de Andrade para a presidência. Ele revelou que aceitou o convite, mas já sabia que seria por pouco tempo.

“Quando o Roberto de Andrade ganhou a eleição, estava tudo rachado, ele me pediu pra ajudar e assumir o futebol. Eu ajudei na medida do possível, mas já estava combinado que me afastaria por outros projetos. Eu continuo conselheiro, mas quem toca o futebol é ele”, declarou ele.

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