ANÚNCIO
O longo braço da lei norte-americana alcançou Joseph Blatter, João Havelange, ex-presidente da Fifa e o ex-mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. De acordo com a ‘BBC’, os três são investigados em um escândalo de propina de US$ 100 milhões (R$ 375 milhões).
Um especial da emissora que vai ao ar nesta segunda-feira na Inglaterra, diz que a empresa de marketing esportivo ISL pagou a executivos e dirigentes, entre eles Blatter, Havelange e Teixeira, propinas no valor de US$ 100 milhões. Em troca, a companhia garantia contratos exclusivos de transmissão e marketing extremamente lucrativos.
A reportagem, produzida com base em uma carta obtida pelo jornalista Andrew Jennings, um dos maiores investigadores dos escândalos da Fifa, que expõe pagamentos recebidos pela ISL e diz que Blatter sabia de todas as atividades.
Esta não é a primeira vez que o nome de Blatter é envolvido em uma investigação de recebimento de propina. Em 2010, o presidente afastado da Fifa escapou de uma investigação envolvendo seu nome, Havelange e Teixeira. Acabou inocentado pelo comitê de ética da Fifa em 2013, depois de negar participação no esquema.
Nesta segunda-feira, um porta-voz do comitê de ética da Fifa informou que Blatter e Michel Platini, investigados pela Justiça da Suíça por uma movimentação financeira suspeita, apresentarão suas defesas em depoimentos marcados para o dia 16 e 18 de dezembro.
Além das denúncias envolvendo os três cartolas, o especial da ‘BBC’ também promete revelar novas provas de que houve irregularidades na escolha do Qatar como sede da Copa de 2022.