Desde que retornou da Copa América, em que foi campeão com o Chile, Valdivia sabe que não permanecerá no Palmeiras ao fim do seu contrato, no próximo dia 17. Mas o meia parece ainda não ter aceitado muito bem o fato de, segundo ele, o clube não ter feito “muito esforço” para sua permanência. E tem dado declarações polêmicas quase que diariamente. Ele já está acertado com o Al Wahda, dos Emirados Árabes.
Com a contratação do paraguaio Lucas Barrios – e espaço no elenco – Valdivia perdeu a camisa 10 do Palmeiras. Em entrevista ao programa Jogo Aberto, da Band, o meia lamentou o fato, mas isentou Barrios.
“Não temos que citar o Barrios, mas sim o fato de eu ainda ter o contrato ainda vigente e darem o número para outro jogador. O Barrios é o que menos tem a ver com isso, mas eu me senti tocado. Defendi o clube por cinco anos, o que não é pouco, mas a diretoria determinou isso e a gente, gostando ou não, tem que aceitar”, disse.
O meia também disse que recusou um jogo de despedida idealizado pelo Verdão: “Foi oferecido um jogo de despedida pelo Cícero Souza, gerente de futebol, mas pelo que eu entendi era com uma condição, mas como essa condição não me agradou, acabamos não tendo uma definição”. O atleta, no entanto, não quis revelar qual era a condição.
Outra realidade
Se Valdivia tem os dias contados no Palmeiras, o meia-atacante Rafael Marques espera que sua estadia no clube seja prolongada. Emprestado até o final do ano pelo Henan Jianye, da China, o jogador chegou no início da temporada, indicado por Oswaldo Oliveira, e tem sido um dos principais nomes da equipe. E quer ficar. “Meu objetivo é ficar aqui, mas sigo focado no trabalho que tenho feito em campo. Se eu ficar pensando nisso, atrapalha. Me sinto feliz, em casa”, disse.
O diretor de futebol Alexandre Mattos, já declarou que permanência de Rafael Marques em 2016 é uma das prioridades da diretoria.
Valdivia diz que pagou do próprio bolso para se recuperar
Valdivia negou que usou o Palmeiras apenas para se preparar para a Copa América e disse que fez de tudo para estar mais em campo, inclusive pagando do próprio bolso um fisioterapeuta cubano para tratar de uma lesão muscular na coxa.
“Sempre me perguntaram se tive culpa no que aconteceu comigo, e sempre disse que sim, mas isso ficou no passado, e hoje pago por isso. Fiquei pra jogar a série B, paguei do meu próprio bolso um fisioterapeuta cubano, paguei a estadia e alimentação dele porque queria jogar, mostrar que ainda estava vivo”, disse o chileno, referindo-se a José Amador, que tratou do meia em janeiro deste ano”.
Ele também lembrou que não fez corpo mole antes da Copa América, já que chegou a disputar partidas do Campeonato Brasileiro, inclusive na vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, em Itaquera.
“Muito se falou que eu me preparei aqui para a Copa América, mas se tivesse sido isso, eu não teria jogado, como aconteceu com alguns jogadores que não jogaram antes de viajar… se eu tivesse só me preparando, não tinha arriscado entrar em campo e passar por alguma lesão, como já aconteceu comigo”, completou.