Esporte

Na apresentação no Palmeiras, Oswaldo já descarta ‘time de um só jogador’

Oswaldo de Oliveira acompanhou de fora a luta para o Palmeiras escapar da Série B do ano que vem. Nesta terça-feira, ele foi apresentado como novo técnico do time alviverde e já avisou que vai colocar em prática algo que ele constatou de errado nesta reta final de Brasileirão: o fim da dependência em torno de apenas um jogador, no caso o chileno Valdivia.

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Com Dorival Júnior no comando e Valdivia em campo, o Palmeiras ensaiou uma recuperação no segundo turno do Brasileirão e chegou a se mostrar aliviado com relação ao rebaixamento à Sèrie B. Porém, foi só o chileno se ausentar da equipe, por lesão, que o cenário mudou: cinco derrotas seguidas e a fuga da degola só na última rodada.

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“Não quero fazer o time em torno de um jogador só, isso não existe no futebol atual. A Copa do Mundo é exemplo disso, caso contrário, Portugal e Argentina seriam campeões toda hora. Não teremos só 11 titulares, mas vamos preparar uma equipe para ter ausências ocasionais”, disse Oswaldo, apresentado à imprensa pelo presidente Paulo Nobre.

 

O que falta, nesse primeiro momento, é ter um elenco formado – o próprio Oswaldo já foi informado por Nobre de que o atual passará por uma reformulação. “Quando se reestrutura (um elenco), a adaptação é necessária. Precisamos de tempo, mas já demos o ponto de partida visando organizar a equipe do Palmeiras para 2015”.

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“Vai ser muito difícil a chegar o início do ano que vem e termos tudo resolvido (em questão de elenco). Vamos buscar condições pra fazer isso, mas é uma coisa que pode levar mais tempo. Seria ideal iniciar a temporada já com o grupo todo resolvido, mas acho difícil, envolve muita coisa”, completou o treinador.

Oswaldo, aliás, já avisou que deseja trabalhar com 34 jogadores, sendo quatro deles goleiros. A ideia do técnico é ter pelo menos três jogadores para cada uma das outras posições. “Gosto de trabalhar com jogador bom, independente da idade ou da nacionalidade. O importante é que sejam bons jogadores, disciplinados e obedientes”.

Além de Oswaldo, também chegam ao Palmeiras o auxiliar-técnico Luiz Alberto, o preparador físico Ricardo Pinto e o analista de desempenho Gabriel Oliveira.

Confira outros pontos da entrevista coletiva:

Reformulação no elenco

“Conversando com o presidente ele me passou a ideia de uma reformulação no elenco e de uma estabilidade no trabalho que não encontrei nos dois últimos times em que eu trabalhei. Tive problemas financeiros no Botafogo no Santos. Agora eu acredito nesse projeto do presidente de fazer um Palmeiras forte e colocar em prática um novo ciclo no clube, nessa temporada e quem sabe nas próximas”.

Passagem pelos grandes de Rio e São Paulo

“É um orgulho ter trabalhado nesses clubes (Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, São Paulo e, agora, o Palmeiras). Hoje estamos iniciando um trabalho, que agora é de inteligência, organização e planejamento. O prático mesmo começa no dia 7 de janeiro”.

Identificação com Corinthians

“Não sou o primeiro, o único e nem o último (a passar pelos dois clubes). Isso é comum no futebol. Muitos outros passaram aqui, no Corinthians e vice-versa. O importante é que eu pretendo manter a minha qualidade profissional e realizar aqui um grande trabalho como eu fiz lá, ou até melhor”.

Por que não treinou o Palmeiras antes?

“É uma questão acidental ter chegado ao Palmeiras por último. Algumas conversas aconteceram antes, mas, como quem ri por último ri melhor, tomara que aqui seja a fase mais bem sucedida da minha participação com os clubes de São Paulo (risos)”.

Valdivia

“Não gostaria de falar de jogadores agora. Conversamos no último fim de semana, ainda não deu tempo de ver tudo. Depois que saí do Santos não olhei para o Palmeiras como oportunidade de trabalho, mas é claro que o Valdivia é um grande jogador. Também há alguns jovens que quero dar continuidade de trabalho, mas sobre o elenco ainda vamos conversar”.

Saída do Santos

“Minha demissão lá foi mais de forma política, e não técnica. Não acho que foi por causa da minha maneira de trabalhar”.

Palmeiras será ofensivo?

“O Otto Glória (ex-técnico) disse uma vez: ‘sem ovos, não se faz omelete’. Eu vou tentar montar um time ofensivo no Palmeiras se tiver condições para isso no elenco”.

Palmeiras vai brigar para não cair em 2015? 

“’Se for resultado de nosso trabalho e planejamento, pode ter certeza que não, mas é difícil aferir. Vamos disputar o campeonato mais difícil que tem (Brasileirão), em nenhum outro país existem 10, 12 candidatos ao título. Quando você começa a competição, é difícil falar de favoritos. Mas vamos trabalhar muito para estar lá. O Palmeiras sempre entra para disputar o título.

Jogos no Allianz Parque

«Dois jogos na Arena foi muito pouco (derrota para o Sport e empate com o Atlético-PR). Era estádio neutro ainda, nem o Palmeiras estava acostumado. O amadurecimento acontecerá com a sequência de jogos. É fundamental jogar em casa, não por interferência da torcida, mas por se ambientar com gramado. Você vai se familiarizando e isso dá confiança ao time e à torcida. Este equilíbrio fortalece o favoritismo. Acho que isso vai acontecer à medida que os jogos forem se repetindo».

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